Acabo de ler um artigo de Arnaldo Jabor falando sobre as dezenas de artigos na internet que são escritos em nome dele. Lá ele destila toda a sua ira e declara que nunca terá um Twitter, mesmo já tendo um com milhares de seguidores, inclusive eu.
O que me chama a atenção no artigo dele é que ele odeia os textos e acha uma imbecilidade, mas que as pessoas o param na rua para elogiar, e mesmo ele negando o texto, as pessoas não acreditam e falam que é modéstia dele.
Lembro-me do meu pai contando quando ele compôs a sua primeira canção. Ele tinha muito medo de mostrar para os companheiros do JV, pois sabia que iam ridicularizar. Foi quando teve a idéia de não falar de quem era a musica, e ensinou no acampamento como se tivesse sido a tradução de algum conjunto de fora. A musica “Eu quero andar” foi muito cantada na década de setenta. Quando ele teve coragem de falar que eles podiam gravar, pois tinha sido ele quem tinha composto os amigos não acreditaram. Pois a musica era muito boa para ter sido feita por alguém que não era um compositor profissional.
Em uma era da personificação, do endeusamento dos líderes, da teofania nos apóstolos, o conteúdo não importa tanto, o que vale é: Isso foi dito na boca de quem?
Não importa se a musica, ou se a tradução é um lixo, foi a banda da Austrália, ou outro lugar, que a compôs. Não importa se o que ele fala é claramente uma jogada capitalista para ganhar dinheiro, ele é um homem de Deus.
Recordo-me um bom tempo atrás, de ir jantar com um conhecido que é apóstolos na igreja dele. Eu falava que estava incomodado com as mensagens de um certo evangelista estava fazendo na TV, pois a sua mensagem tinha mudado muito o conteúdo. Ele vira para mim e fala: “Você deveria ter vergonha Marcos, enquanto estamos comendo esta pizza ele provavelmente está trabalhando para levantar sustento para falar na TV no horário nobre.”
Mais uma vez, não importa o conteúdo, e sim a personalidade, o esforço de chegar lá. Se o que o cara fala é verdade, mas é um “Zé ninguém” ele está com ciúmes, ou querendo aparecer. O pior que as vezes é mesmo. Mas se o cara já tem um destaque, foi todo mundo que não o entendeu, mas ele está certo.
Nestas comunidades do Orkut de pastores de destaque, estou em uma ou duas de mestres que admiro. Estes dias em uma delas começou um tópico se o pastor tinha falado tal coisa ou não no púlpito. Começaram os ataques e defesas dos seguidores nervosos. Em uma briga que parecia que só tinha duas opções: ou ele falou tal afirmação e não presta mais, ou entenderam errado o que ele tinha dito e ele continua perfeito. A possibilidade de ele ter errado no que ele falou, mas vou continuar ouvindo, pois sei que ele tem conteúdo tirando este erro nunca foi cogitada.
O meu maior medo é que esse pensamento tem criado na nossa juventude. Pois hoje o jovem não gasta o seu tempo em buscar conteúdo no que vai falar ou o que vai escrever, porque não importa. Ele vai procurar prestigio e fama, porque se eles as tiverem não importa o que ele vai falar, tudo será aceito.
Vejo isso nos blogs e nas charges, se brincamos ou até criticamos um personagem bíblico ninguém reage, mas se fazemos o mesmo com o líder das igrejas, chove de e-mails e recados dos súditos indignados por tocarmos nos seus ungidos.
A personificação dos ministérios está criando uma geração acrítica, idólatra e imbecil!
Aff falou tudo! Recado dado, Marquinhos! O que eu aprendo com isso é a tomar cuidado não só com o que falo e escrevo, mas com o que ouço também! É aquele papo de peneira!E dá-lhe Genizah na veia, ajuda muito a abrir os olhos! hahahahahhahaBeijo, se cuida!
é uma triste verdade, cada vez mais as pessoas se estão se apegando a uma forma de cristianismo+idolatria, porque personificam as mensagens e obras em pessoas e não no financiado de tudo – tanto obra quanto executores – big J.C.
Dizem que na natureza nada se cria, tudo se copia, ops transforma!!haha . Espero que possamos reter o que é bom … né!!!!! E inibir o que sai sem conteúdo da boca de uns e outros. Abraço Marquinhos , vc é fera irmão!Japa
Caraca, mandou bem mesmo!A juventude hoje tá tomada por esse pensamento (inclusive eu).Vou parar de defender tudo que a galera do JV fala, só porque eles são do JV, hehehe.Mas é muito importante mesmo ficarmos espertos com o que a gente anda lendo e ouvindo na net, não olhar só pra quem assina embaixo mas principalmente o conteúdo.Muito fera seu blog Marcos.Abraços
Boa Marcos, o pessoal deixa a paixão pelos líderes tomar conta da razão. Muitos ficam defendendo o indefensável. Ótimo textoAbraços
Gostei de ver Marcos. Sempre trazendo uma reflexão inteligente sobre temas diversos.Muito bom o texto. Realmente estamos idolatrando sem fazer a crítica necessária do que lemos e vemos por aí. Vou ficar atento para não idolatrar você hehehehe brincadeirinha!.Valeus
Eu que pensei que era a única em escrever algo e com vergonha ficar no anonimato, e guardando as devidas proporções, (não quero me comparar ao teu pai, até porque TODA comparação é burra), já usei muito desse truque.Em relação aos critérios usados para avaliar a qualidade do discurso são vergonhosos. Sempre vejo que os mais famosos são tido como os melhores e infalíveis.Parece que a palavra Evangelho dita pelo zé ninguém tem menos valor que quando falado pelos grandes apóstolos e bispos. Ah, que saber Marcos, vou rasgar o verbo aqui, lá vai:André Valadão e Rosa de Saron – heresia;João Alexandre e Canção Nova – silêncio, ou no máximo, o João foi até Cachoeira Paulista evangelizar o padre Jonas.Na época do lançamento do "É proibido Pensar" ele esteve com o dito padre e só quem atacou ele foi os filhos renascidos dos apóstolos e bispos. Diferente do que ocorreu no caso André Valadão. Cheguei a escrever sobre isso em meu blog, pois achei um peso e duas medidas.Termino escrevendo que se tivesse sabido do evento que o João Alexandre participou com o VP na Canção Nova não teria perdido.
Realmente somos todos formadores de pré-conceitos ao ouvir uma idéia. Humildade verdadeira é não julgar antes de apreciar a exposição de uma opinião por completo.:)
Ótimo Marcos.Na minha área, a ciência, também acontece muito isso, dizem que descobriram água na lua, "quem disse?", "Um cientista", ahhh então ele deve estar certo. =$Preguiça de pensar, esse sim é o mal da nossa geração. Abraço
bom…ja temos vários comentários…dizer mais o que?Vivemos realmente a idiotização do ser…Jesus não é mais o centro…se a gente não tiver o que vc chamou de "personificação do ministério" e através dele o poder, não somos nada e o que pregamos está fora do contexto gospel de hj….
Ao ler sobre o Jabor, lembrei do Chorão, do Charlie Brown Jr, numa entrenvista dada na época em que estavam no auge.Ele ria, sarcástico, e dizia:"Ganho esta fortuna prá xingar os caras, e eles gostam…"As pessoas que ele agredia em suas letras eram aquelas que aplaudiam e gritavam: "Lindo".Assim ocorre com a Estevanlatria, a Malufolatria, Corinthiolatria, ou qualquer tipo de idolatria: Não tem como controlar a cegueira exagerada por conta de admiração e fidelidade cega inexplicável.Abraço
A cada dia que passa eu vejo que a Igreja de hoje precisa de uma reforma. Um dos problemas dela não acontecer é a falta de tempo porque se tem que pregar mais isso, ou porque Jesus já está tão perto que não vale a pena mudar de pensamento.Estou vendo cada pedacinho de uma certa Idade das Trevas voltar devagar ao nosso meio. Graças a Deus que sempre tem gente para dar ouvidos antes de falar, como Paulo advertiu a Tiago.E vamos lá! Como diziam antigamente: "Revolução, está no nome de Deus, seu filho Jesus e Espírito Santo / Fogo do céu, me libertou de vez!"Bons tempos aqueles….
Quando eu penso que você já chegou no seu limite, você sempre surpreende!!!!Muito bom, Marquinhos!
Arnaldo Jabor ???? Ecaaaaaaaaaaaaaaa…tem gosto para tudo!!rsrsrrsrsrsrrs