Estes dias morreu o pai de uns amigos meus e, mesmo ele já estando doente por muito tempo, nos pegou de surpresa.

Como a morte acelera tudo, de manhã recebemos a notícia, tivemos que correr atrás de tudo do velório: local, avisar os amigos, pagar contas, assinar papéis, etc. Mal recebi a noticia e já estava lá do lado do caixão, entre oração e choros e, quando vi, a morte passou rapidamente levando aquele dia!

Como é diferente com a vida, não tem pressa, nada de correria, o grão germina lentamente, leva dias ou 9 meses para chegar, da pra curtir e se preparar. Tentamos até marcar dia e hora. Aí chega o dia em que a vida aparece e todos celebram!

Pode passar o dia e chegar o sono, mas a vida está lá pacientemente no outro dia te esperando no nascer do Sol.

Este mundo em que vivemos está cada vez mais acelerado, mais corrido, parecendo com a morte, não curtimos, não sentamos para esperar, não celebramos.

Somos pegos de surpresa o tempo todo por um turbilhão de coisas, sempre atrasados e com o coração angustiado por não dar conta de fazer o que esperam de nós.

Temos que desacelerar para reparar no caminho, precisamos sentar e perceber como ela é linda em sua lentidão!

O ritmo acelerado é o ritmo da morte, onde não há contemplação plena, apenas o tempo passando como um dia de velório.

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