Os ladrões estão lá em cima do morro, de lá eles olham todos de cima para baixo.

Olhares de medo e ódio, todos naquele morro estão com medo, já sentem cheiro de morte no ar.

Vê-se uma fila de soldados muito bem armados no pé do morro, prontos para subir e fazer justiça. Daquela manhã não passava.

Alguns homens tentam organizar a retirada das crianças e das mulheres, pois sabem que elas não suportarão o que vão ver.

Ouve-se o choro de muita gente, o desespero começa a tomar conta de um grupo de pessoas que sabem como funciona quando aqueles soldados chegam ao topo do morro.

Ouvimos também alguns sussurros, são orações de familiares e conhecidos dos malfeitores.

Os bandidos que estão lá em cima já estão condenados, só faltam os soldados executarem o serviço.

No pé do morro os soldados mostram orgulhosamente um dos líderes que eles pegaram, com a cara deformada, ele não consegue nem erguer a cabeça. Eles fazem questão de  mostrá-lo para todo mundo como um troféu.

Muitos gritam: Desgraçado!

A justiça até que enfim estava sendo feita naquele local.

Eles mandam o líder que tinha sido capturado, todo ensanguentado, subir o morro, outros tentam ajuda-lo, mas ele fala: hoje, ninguém vai subir, só eu.

Os soldados gritam: Caveira! Caveira! Caveira! Este não era o nome da tropa e sim do morro.

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