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“Nada há, fora do homem, que, entrando nele o possa contaminar; mas que sai dele isto é que contamina o homem.”Marcos 7.15
Nesta passagem Jesus nos alerta sobre preocupações inúteis que alguns de nós temos.
Trata-se de tudo aquilo que é visto pelo homem, sendo que interessa apenas para Deus o que esta em nossos corações. Pois disto originam-se boas ou más atitudes.
Deus nos abençoe!
abss…
Chegamos ao capítulo 7, que desponta sob a marca dos ataques religiosos a Jesus e a Seus ensinos e seguidores.
Os religiosos de plantão saíram de Jerusalém até Genesaré, onde Jesus se encontrava, e queriam achar aspectos do ensino e da prática de vida do Mestre e de Seus discípulos, em que pudessem se apegar para acusá-Lo. Então, focalizaram a observância de rituais e tradições judaicas como ponto de acusação.
Vamos falar: eles tinham muito tempo sobrando, para observar detalhes tão irrelevantes para o Reino de Deus, que se manifestava entre eles, não é?
Corremos sempre esse risco, de estar perto de Jesus e ao mesmo tempo tão distante. Quem está em pé, olhe que não caia.
Mas Jesus não entra na discussão da tradição, uma vez que ela de fato não era o mais importante ali, mas se volta para Palavra, citando Isaías e denunciando a incoerência de vida daqueles homens.
É assim que a gente lida com acusações infundadas do ponto de vista do viver cristão, porque a acusação tem uma fonte. A Palavra diz que Satanás é o acusador de nossas almas. Esse é um de seus papéis.
Mas, o mais interessante ainda é que Jesus não tenta ficar explicando demais a referência da escritura a que se apega naquele momento, tentando convencer aqueles homens, porque de fato não valia a pena, eles estavam muito distantes de qualquer entendimento espiritual de fato.
Ele se volta para a multidão sedenta de Sua palavra e depois de deixá-la, volta-se para Seus discípulos e traduz o ensinamento que aquele episódio ensejava:
Deus está atento aos nossos corações e não a práticas exteriores. Seguir mandamentos, até mesmo aqueles que são verdadeiramente oriundos do próprio Deus, apenas por uma tradição e para agradar a homens pode ser uma tremenda armadilha de independência de Deus.
Minha busca é que Jesus tenha sempre liberdade de sondar e averiguar as motivações e intenções do meu coração a fim de ver se há em mim algum caminho mal que me impeça de adorá-Lo com integridade e que, ao contemplar impurezas que me afastam dEle e de Seu Reino, Ele me dê a graça de experimentar o arrependimento e a cura para agradá-Lo cada vez mais.
Cada um de nós precisa fazer constantemente essa mesma oração.
O episódio da mulher siro-fenícia é de uma riqueza impressionante.
Jesus estava ali não para aparecer publicamente, uma vez que a região estava fora dos limites da terra de Israel, e não era ainda projeto dele se voltar para os povos gentílicos, naquele momento. Ele precisava primeiro ser rejeitado, como sabia que ia ser, pelos seus, para ampliar o acesso ao Reino a todos os povos, como era de seu querer.
Por isso, naquela terra, Ele estava oculto em uma casa, mas foi achado por aquela mulher.
Não tive como deixar de recorrer à narrativa de Mateus pra esse mesmo fato. Ali, o texto bíblico é mais detalhado e apresenta um Jesus que, se não conhecêssemos o fim das duas narrativas, ficaríamos decepcionados com ele.
Jesus, segundo Mateus, resiste duramente àquela mulher, que entrou casa adentro clamando tão veementemente. Ele resiste não só naquela troca de argumentação narrada em Marcos. Primeiro, ele a ignora. Depois diz claramente que veio apenas para o povo de Israel. Depois, a compara, no contexto de uma casa de família, aos “cachorrinhos”, que ficam à espera de migalhas à mesa.
Jesus a despreza publicamente. Algo me faz pensar que algum propósito essa atitude de Jesus tinha em relação àquela mulher especificamente, porque ele já sabia que ia atender ao seu pedido, mas foi a fundo para fazê-la saber o quanto ela O queria.
Talvez, por ser de origem grega, siro-fenícia, de uma cultura que naquele tempo histórico era berço de grande orgulho intelectual, aquela mulher devesse perceber o quanto precisava abrir mão de uma prepotência de que, tendo aquela origem, poderia ser atendida sempre, à hora que quisesse, da maneira que quisesse. Jesus vai, gradativamente, no diálogo com ela, tocando o seu interior, mostrando a necessidade de quebrantamento e humildade, aprofundando o sondar do seu coração, não para humilhá-la publicamente, porque isso não faz parte do caráter de Jesus, mas para que de fato ela se visse disposta a receber todo o seu favor, que, a meu ver, não se limitou à cura imediata de sua filha.
Às vezes, os tratamentos de Deus em nossas vidas são mais profundos, cirúrgicos, detalhados e demorados do que a gente gostaria.
Um profeta disse que Deus abre as feridas, para depois tratá-las. Podemos enxergar isso no nosso caminhar com Jesus?
Tiago diz “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras… Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes… Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem-se, chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza… Humilhem-se diante do Senhor…” Tiago 4: 1-12)
Meu desejo é que eu possa, hoje e sempre, andar humildemente próxima a Jesus, para que eu sempre possa receber graça dele em tempo oportuno.
Marcos, coloca legenda nos seus vídeos, para q os nossos irmão deficientes auditivos possam ter acesso
e acompanhar esse estudo maravilhoso!
Um abraço, no amor do Senhor…
O capítulo 7 termina com a cura de um surdo-gago.
O que me salta aos olhos nesse episódio, além da cura extraordinária mesmo, é o coração de Jesus.
A passagem começa afirmando que a multidão que seguia a Jesus trouxe aquele homem para ser curado. O texto não menciona nenhuma forma de querer ativo daquele surdo. A multidão o trouxe: “todos pediam a Jesus que pusesse as mãos sobre o homem e o curasse.”
Jesus se quebrantou não só pela condição individual daquele homem, mas pela ação benevolente daqueles homens e mulheres que o levaram. Além do ritual de cura um tanto “desprezível” aos nossos conceitos de etiqueta e higiene, as escrituras dizem que olhando para o céu, Jesus suspirou profundamente. A minha limitada imaginação constrói uma bela cena de Jesus orando em seu íntimo e piscando o olho para o Pai, dizendo: “Olhaí, Paizão! Eles estão entendendo. Eles clamam juntos por causa de um só! Porque percebem que um só para o Senhor já é importante.”
A unidade em torno do bem de pessoas perturba e comove o coração de Jesus e aí ele atende: “Se dois se reunirem em meu nome, eu ali estarei…”, disse ele um dia. “Se dois concordarem… será feito por meu Pai…”, prometeu.
Em contraste, mais à frente no texto, um outro ajuntamento, agora de fariseus, pediu a Jesus um milagre, e Jesus negou atendê-los. Por que? Porque Ele não tinha compromisso com interesses egoístas e nem tinha necessidade de aparecer e provar nada a ninguém. Mesmo sem querer, ele já se destacava (vs. 36 e 37).
Os fariseus queriam saciar suas curiosidades apenas, vieram testar e provocar a Jesus e, por mais milagres que ele fizesse, seus corações continuariam sem entender nada, porque não tinham sede de Deus e de Sua vontade.
Clamo pela revelação do coração de Deus a mim todos os dias pra que eu caminhe na direção de perceber o quanto Deus está interessado em pessoas e o quanto Ele se mobiliza quando vê a Sua amada Igreja agindo como Gente Grande, porque tem um olhar para os pequeninos, que às vezes estão sem voz para expressar suas necessidades e serem ouvidos.
O capítulo 8 traz um novo episódio de multiplicação de pães. No capítulo 6, esse feito extraordinário já havia acontecido, alimentando uma multidão no deserto.
Fico pensando porque o evangelista fez questão de narrar episódios semelhantes num livro de narrativas tão curtas e encadeadas, de tremenda velocidade como o Evangelho de Marcos. Acredito que há significativas diferenças entre uma narrativa e outra que têm algo a nos ensinar.
Jesus caminhava e ensinava Seus discípulos diariamente, e alguns aspectos do segundo episódio de multiplicação revelam algum crescimento na compreensão deles a respeito de quem era Jesus, a meu ver.
Algumas diferenças, eu observo: na narrativa do capítulo 6, os discípulos é que percebem que estava tarde, estavam no deserto e a multidão precisava ser alimentada. Eles vão a Jesus para se livrar de um problema, que não davam conta, nem queriam, resolver. Além disso, Jesus os manda dar de comer à multidão pra ver o que eles fariam. E a partir de um diálogo meio “socrático” os faz entender que, independente do que eles tinham a oferecer, Ele, sim, poderia alimentar a multidão.
Na segunda narrativa, eles estão vivendo circunstâncias idênticas às da primeira. E Jesus aproveita para ver qual seria o comportamento dos discípulos. Agora, Ele vai a eles e expõe uma necessidade, que por sua imensa compaixão, ele desejava atender. Isso é muito significativo, porque a iniciativa da ação de atendimento a uma necessidade, nasce primeiro no coração do Senhor, quando Ele quer nos usar para atendê-la. Por isso, precisamos estar sintonizados com Ele para identificar, dentre as muitas necessidades existentes, quais Ele tem desejado envolver cada um de nós para atender. Ele nos coloca aonde quer, se somos capazes de ouvi-Lo.
A resposta dos discípulos foi: “Onde vamos achar comida suficiente para alimentá-los no deserto?” Uau! Grandes avanços. Primeiro, eles já reconheciam que era possível alimentar uma multidão faminta no deserto. Segundo, Eles se incluem como parte possível da solução, não querem mais se livrar do problema. E, finalmente, eles reconhecem que queriam e podiam ajudar, mas a resposta estava com Jesus, então vão a ele. A iniciativa e a acabativa está em Jesus. O Alfa e o Ômega.
Puxa, é realmente um milagre maior do que o do capítulo 6, embora neste foram alimentados cerca de 5.000 homens, e no episódio posterior, 4.000. A matemática de Jesus, a forma de contabilizar resultados, definitivamente não é a mesma que a nossa.
Mas, como os discípulos eram como nós ainda somos e, depois de uma dentro já vêm logo como uma fora, logo mais adiante na narrativa, o tema dos pães volta, em outra circunstância. Eles se esqueceram de levar consigo pães para comer, e tinham acabado de deixar os fariseus de mãos abanando, sem milagre nenhum para alimentar suas vaidades, e Jesus faz referência ao fermento dos fariseus e a que eles se acautelassem dele. Eles estavam tão ligados na circunstância imediata da necessidade de se alimentarem, que não perceberam o detalhe.
Lá vai Jesus de novo, não se pode elogiar, eles não tinham entendido nada da situação.
É assim, ganha-se umas, perdem-se outras, mas o bom da história, de mais de dois mil anos, é que Jesus não desiste de nós. Às vezes até a gente mesmo desiste, mas Ele não.
Marcos,
Aquela perseguição na internet, de que já falei num comentário a você, continua não só no facebook, única rede que eu ainda acesso hoje, mas agora tem atingido meus e-mails e meus blogs pessoais. Fico preocupada de, postando diariamente no seu blog, isso venha também a lhe prejudicar, o que eu não gostaria. Mas também não quero deixar de tecer comentários sobre o evangelho de Marcos até o final de seus vídeos. Isso me faz bem e eu ficaria frustrada de não poder fazê-lo, a não ser que você ache melhor isso, já que o espaço é seu. Dos meus blogs, eu levo ferro, mas o que me propus fazer vou continuar. Mas no seu, preciso compartilhar isso com você. Qualquer coisa, meu e-mail é silvanataets@gmail.com Sinta-se muito à vontade para falar o que deseja. Peço que este post não seja divulgado, por favor. Obrigada mais uma vez por sua acolhida aos meus comentários. Abraço.
O capítulo oito prossegue com mais um episódio de cura. Esta narrativa me fascina. É bom pensar que Jesus tem uma maneira peculiar de tratar cada um daqueles que O buscam.
Mais uma vez, alguém é trazido a Jesus por um grupo de pessoas compadecidas das necessidades e limitações alheias. A solidariedade sempre comove e mobiliza a ação do Mestre.
Mas outras coisas me surpreendem nessa história.
Jesus começa a se relacionar com aquele cego na linguagem que ele é capaz de entender: Jesus primeiramente o toma pela mão. É no tocá-lo, para conduzi-lo, que o diálogo entre os dois se estabelece. Puxa, como Jesus é bom nisso. Ele sabe como tocar em cada um, ele é especialista em necessidades especiais.
Mas, me deixe viajar mais um pouquinho.
Apesar do cego não ver diretamente as circunstâncias exteriores, ele o percebe de outras maneiras, e a movimentação às vezes acelerada de quem está em torno e enxerga é perturbante. Então, Jesus o conduz para fora da aldeia, para a quietude, e, ali, Ele começa a operar o que desejava, a cura daquele homem.
Primeiro cuspiu em seus olhos. Urch! Ainda bem que o homem não teve como ver isso, a origem e extensão de um ato “repugnante” da parte do Senhor. Mas sentiu que uma gosma barulhenta lhe atingiu os olhos. Era a sua forma possível de enxergar uma ação contundente do Mestre. Daí, Jesus impõe as mãos sobre ele e lhe pergunta se está enxergando. Imagino (com alguma fertilidade, é verdade) que com uma gosma nos olhos ninguém enxergue bem, e, penso eu que ele, querendo ser curado, não ia tirar de seus olhos, com as próprias mãos, aquilo que o homem que lhe estava curando havia colocado, né. Ele se submeteu ao processo, por desejar a cura.
E ele já estava sendo curado, mas o impacto da ação de Jesus lhe impedia de ver completamente. Ele não enxergava homens como homens, mas como árvores. Ah, isso me faz pensar que podemos estar em processos de cura para ver a nossa e a humanidade em torno, e ainda assim não enxergar plenamente.
Mas Jesus não gosta de fazer nada pela metade. Então, chega a hora que Ele não mais lhe impõe as mãos, mas toca-lhe os olhos diretamente, limpa aquelas retinas, retira a gosma estonteante de Sua presença que impacta, e assim o homem passa ver a si mesmo, em sua humanidade, e àqueles semelhantes que estão em torno.
Ah, como Jesus é admirável! Como precisamos nos deixar conduzir por Ele, que sabe todas as artes de nos curar e nos fazer seres humanos melhores para enxergar a outros.
Ao final do capítulo 8, Jesus gasta um bom tempo dialogando com seus discípulos, ensinando e passando a novas etapas de aprendizado.
É importante dizer que tal diálogo pedagógico só foi possível pelo fato de eles caminharem juntos (vs. 27). É no caminhar com Jesus, que Ele nos ensina o caminho. Se caminhamos com Ele, Ele vai nos ensinar. Se Ele nos ensina, é porque caminhamos com ele.
Gosto da passagem do Salmo 25: 12: “O Senhor é amigo chegado daqueles que o respeitam e obedecem, e os leva a conhecer a aliança que fez com eles” (NBV). Em outra versão: “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança” (NVI). Hum, grande achado, digo, mistério, Cristo e a Igreja!
Mas Jesus, em sua pedagogia da pergunta, começa indagando seus discípulos sobre quem o povo pensava que Ele era. A resposta em si não era tão importante, Ele já sabia e não estava preocupado com o que os outros pensavam dele. Se tem um problema que Jesus parece não ter é crise de identidade.
A pergunta era apenas uma ponte para a pergunta seguinte, a chave da conversa: “E vocês, quem pensam que eu sou?”
Ah, se caminhamos com Jesus, fatalmente essa pergunta virá da parte dele. Não porque Ele não saiba a resposta, porque já nos conhece, mas para que a gente mesmo saiba a resposta que temos no nosso coração.
Pedro inspiradamente respondeu: “O Senhor é o Cristo”.
Você já se deparou com essa pergunta? Pode respondê-la?
Por causa da sábia resposta de Pedro, Jesus começou a lhes confidenciar os segredos de uma nova aliança em gestação. Ele compartilhou abertamente sobre o que estava por vir, seu sofrimento etc.
Entretanto, por causa da franqueza de Jesus sobre a realidade não desejada, Pedro logo se levanta e se opõe a essa realidade. E Jesus o repreende em seu ponto de vista puramente humano.
Eu gosto de Pedro, ele era gente como eu. O bom é que Jesus também gostava e só o repreendia por causa disso.
Jesus, então, começa a ensinar que não basta conhecer quem Ele é, é preciso assimilar seus pontos de vista sobre a caminhada com Ele, se ajustar a Ele e ao Seu padrão elevado. E nos versos de 34 a 38, Ele explicita esses pontos, falando do preço do discipulado cristão: deixar de lado seus próprios interesses e entendimentos; não abrir mão da cruz de identificação com o Mestre em Seu sofrimento; gastar a vida no serviço a Ele; nunca se envergonhar de agarrar-se à Sua mensagem, em meio a uma geração que está distante dele.
Cacetada, hein!
Foi um passeio meio sofrido esse, mas ainda que os discípulos não dessem conta de tudo aquilo que ele falava naquele momento, essas falas ficaram no coração e se encheram de clareza no tempo devido.
Nada mais saudável do que caminhar bem perto de Jesus.
Ahhh Jovem Marcos! Como esses teólogos de plantão, esses religiosos continuam metendo os pés pelas mãos e julgam as pessoas e brincam de ser Deus!.
Tenho dois filhos, um foi esquecido e desprezado pela igreja por causa de um par de brincos e o outro por causa de uma tatuagem é discriminado e recriminado. Por causa dessas atitudes religiosas, não se dão ao trabalho de andar junto com meus filhos, e conhecer-lhes o caráter.
Só o Senhor é capaz de sondar mentes e corações, e Ele conhece bem os meus filhos. Meu coração de mãe dói porque não tenho meus filhos juntos servindo ao Senhor, porque um bando de fariseus fechou o “reino dos céus diante dos homens, não entram nem deixam os outros entrarem”.(Mt.23:13).
Apesar de tudo, do legalismo, eu reconheço a rebeldia dos meus filhos, mas tenho a esperança que o Senhor vai restaurar e trazer de volta as ovelhas extraviadas. Eu creio! Dou graças a Deus por sua vida e fico muito feliz porque os jovens que você aconselha são jovens seguros, sadios e certamente serão bênção na vida de outros jovens. Quisera eu ter encontrado líderes discipuladores assim como você em nossa igreja, tenho certeza que estragos como esses que aconteceram com meus filhos não teriam acontecido. Deus o abençoe!
Olá, meus prezados.
Preparando-me para falar sobre o capítulo 7 de Marcos, fiz uma pesquisa e acabei me deparando com esse texto. Quero acrescentar um texto devocional que fiz em cima do livro de Zacarias, que trata também do legalismo.
Todas as terças estamos tecendo junto com igreja o texto do Evangelho de Marcos expositivamente. Então cada terça é um capitulo ou fragmentos de um capítulo. Na próxima terça estarei pregando sobre o capitulo 7 deste evangelho. Esse texto é muito pertinente aos dias de hoje porque faz uma distinção entre “tradição’ e “mera tradição”.
Fazendo minha leitura devocional nesta manhã de segunda feira me deparei com o texto de Zacarias 7:1-3, que é uma essência de tradição e mera tradição. Então vamos analisar: “No quarto ano do rei Dario, veio a palavra do Senhor, no dia quarto do nono mês, que é quisleu. Quando de Betel foram enviados Sarezer, e Regém-Meleque, e seus homens para suplicarem o favor do Senhor, perguntaram aos sacerdotes, que estavam na Casa do Senhor dos Exércitos, e aos profetas: “Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto do mês, como temos feito por tantos anos?”
Os jejuns sobre os quais os homens de Betel perguntaram eram jejuns instituídos pelos exilados para comemorar acontecimentos associados à queda de Jerusalém, cerca de 68 anos antes. A primeira geração de exilados sentiu aquela queda profundamente e, sem dúvida, havia chorado com grande sinceridade. Agora, porém, outra geração, apenas dois anos depois de terminar um novo Templo de Jerusalém, perguntava-se se havia alguma razão para manter os jejuns tradicionais.
Observe duas coisas sobre a questão. Primeiro, Deus não havia ordenado aqueles jejuns e, portanto, eles não eram obrigatórios. Contudo, era correto os homens de Betel suscitarem a questão junto aos líderes espirituais de Jerusalém e buscar orientação de Deus. Seja como for que as nossas tradições religiosas tenham começado, é sábio buscar orientação de Deus antes de modificá-las.
Segundo, os jejuns haviam se tornado uma MERA TRADIÇÃO para a geração presente. Há uma diferença entre “TRADIÇÃO” e “MERA TRADIÇÃO” . O que pode ser uma forma vital de expressar uma experiência espiritual real raramente pode ser legado à geração seguinte, sem se tornar uma mera tradição: a forma sem o significado ou a vitalidade. CADA GERAÇÃO deve ter a liberdade de encontrar as melhores maneiras para expressar a sua experiência pessoal com o Senhor.
“Quando jejuaste… jejuaste vós para mim?” (Zc 7.4-7). Deus respondeu à pergunta sobre o jejum por meio do profeta Zacarias. Sua resposta foi dada por meio de uma pergunta contundente. As pessoas haviam realmente jejuado “para Mim” todos aqueles anos ou jejuado para si mesmas?
Em essência, Deus perguntou: “vocês sentiram uma tristeza pelos seus pecados – ou só se sentiram tristes por terem apanhados no pecado?” O motivo para o jejum era a culpa pelos pecados que causaram o Exílio? Ou a dor, em primeiro lugar, era simplesmente uma autopiedade, uma expressão egoísta da própria postura que levara geração anteriores a abandonar a Deus?
Que pergunta para nós fazemos quando experimentamos a disciplina do Senhor? Sentimos. Dói. Mas o nosso coração dói pelo pecado ou apenas pelo castigo? Mudamos o foco de nosso interesse pelo Senhor ou ainda estamos interessados em nós mesmos?
“Assim falou o Senhor dos Exércitos” (Zc 7.8-14). Os homens de Betel haviam perguntado: “Devemos jejuar?” Deus parece rejeitar a pergunta como despida de importância e respondeu: “Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração” (VV. 9,10).
Quantas vezes nos preocupamos apaixonadamente com questões sem importância. No tempo de Jesus os fariseus tinham o cuidado de dizimar as folhas das pequenas ervas que cresciam nas suas soleiras. Mas, Cristo disse, “desprezai o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23). Um dos ardis mais eficazes de Satanás é fazer com que os crentes dêem muita atenção àquilo que não merece atenção. Quando aquilo que é menos significativo domina o nosso pensamento, ignoramos os aspectos verdadeiramente centrais da nossa fé.
Observe que tanto Zacarias como Jesus se concentraram em um estilo de vida marcado pela justiça, misericórdia e compaixão. Se formos fiéis na demonstração do nosso compromisso com o Senhor vivendo uma vida santa e amorosa, as “coisas pequenas” encontrarão o seu lugar.