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7 Comments

  • É, Marcos Botelho, finalmente chegamos à última sessão de nosso diálogo. Puxa, foi uma viagem, hein. Uma caminhada significativa pelo evangelho, não foi? Eu achei.
    O capítulo 15 narra o auge do sofrimento de Jesus, que culminou com Sua morte.
    Fiquei pensando se eu tivesse de morrer assim, hein. Que alívio! Não preciso. Aliás, não me sinto competente nem pra falar desse grandioso episódio.
    Na verdade, penso que seria tão bom se pudéssemos sair todos de cena e nós não precisássemos nem de palavras, nem de metáforas para descrever a grandeza do sacrifício amoroso de Jesus. Ficasse só Ele mesmo, em toda a Sua magnitude, Se revelando a nós, e apenas contemplássemos mudos o quanto Ele é especial.
    Mas, nesta vida aqui, sempre vamos precisar de linguagens tantas que busquem expressar e dar sentido até àquilo que é inominável, que é inalcançável pela nossa finitude.
    Na verdade, falar da obra redentora de Jesus é terreno sagrado. Precisamos tirar as sandálias dos pés. Aliás, como João Batista, não somos dignos de desatar-Lhe nem as sandálias. E ainda, como amigos dEle, precisamos diminuir cada vez mais pra que Ele apareça e todo o Seu esplendor.
    Falar da sua morte é reconhecer que Ele me substituiu na morte que eu deveria morrer. Eu deveria ser crucificada pelo meu pecado, porque em mim não habita bem nenhum, que não venha do próprio Deus. Ele, assim como fez com Barrabás, tomou o meu lugar. Eu merecia a cruz, mas Ele foi crucificado no meu lugar. Ele pagou o preço da minha redenção, e tudo foi consumado ali. Não tenho que fazer nenhum sacrifício para alcançar a vida plena. Ele já conquistou isso pra mim. Só preciso adorá-Lo, com a minha vida, com tudo que sou e tenho.
    Lembrar de Sua morte significa também reconhecer que Ele foi pregado na cruz entre pecadores, entre dois ladrões, como eu e você, que já estávamos mortos em nossos delitos e pecados e caminhávamos distantes de Deus pela desobediência e orgulho, por termos roubado o direito de Deus, nosso Criador, governar sobre nossas vidas.
    Memorar a morte de Jesus significa se dispor a carregar a cruz da submissão à Sua vontade a cada dia, como fez Simão, ao ajudar o Mestre. Simão não fez nenhum sacrifício, o sacrifício era do Senhor. Simão se solidarizou com Ele em Seu sacrifício amoroso. É a “obrigação” que nos resta. Porque somos constrangidos por Seu grandioso amor, reconhecemos Sua grandeza e a completude de Sua obra, que nos inclinamos à cruz.
    Recordar Sua morte é abrir o coração e soltar a voz, exclamando com todas as nossas forças, com todo o nosso entendimento, como fez o centurião romano: “Verdadeiramente , esse homem é Filho de Deus”.
    Você e eu podemos falar, lembrar, memorar, recordar a morte de Jesus assim? Isso ainda quebranta , comove, mobiliza o nosso coração? Ou essa mensagem se tornou tão banal que falar dela já perdeu o sentido?
    Hoje é dia de entregar-se a esse Jesus, em reconhecimento a quem Ele é, somente Ele é: o único caminho, a verdade e a vida, por quem alcançamos a graça de poder desfrutar da presença do Pai, bem perto, porque toda a barreira foi tirada, todo o véu já foi rasgado. O caminho está aberto, o acesso é livre. E o Pai está esperando ansioso por nos ver debaixo de Seus potentes e amorosos braços.
    Eu vou. Quero ir sempre. A cada dia. Convido você a ir também. Meu coração se ajoelha nessa hora e pede que o meu e o seu entendimento sejam alargados para compreender a grandeza, a extensão, a profundidade desse Caminho que Jesus inaugurou com sua própria carne e sangue. Essa á minha oração. Você vem comigo?

  • O capítulo 15 traz o relato da morte de Jesus, com toda a tragicidade daquele momento. Não temos como alcançar plenamente com olhos e ouvidos humanos, nem com o entendimento, tudo o que aconteceu ali, mas contemplamos pasmos a beleza do ato magistral de Jesus, inigualável, inalcançável, que só nos conduz à gratidão e entrega incondicional.
    Agora seu corpo precisava ser sepultado.
    Interessante é que, nos momentos finais da cruz, Seus amigos mais chegados não estavam ali. Somente algumas mulheres O acompanhavam, assim mesmo, à distância. Ninguém poderia viver aquilo com ele. Esse era um caminho solitário.
    Não foram também Seus amigos nem essas mulheres que O sepultaram. Foi um respeitado religioso do Sinédrio, um bom homem, que aguardava o Reino de Deus, e, não se sabe por que, o texto não afirma, se compadeceu de Jesus e cuidou de Seu corpo morto.
    Há um incomodativo contraste aqui. Aqueles mais achegados ao Senhor se dispersaram. Imagino que eles estavam, cada um a seu modo, cabisbaixos, pensativos, com certa raiva contida por não entenderem a extensão da obra de Jesus. Uns voltaram para suas redes de pescar, outros “fugiram”. Cada um deu um jeito de não encarar aquela realidade doída e doida: Por que Ele tinha que morrer? Por que Deus não O livrou daquele martírio? Precisava ser daquela forma? Onde Deus estava afinal de contas que deixou tudo isso acontecer?
    Já José de Arimatéia, cuja proximidade de Jesus é meio desconhecida, velou o Seu corpo. Conformou-se com Sua morte, com a tristeza da perda. Concebeu que Jesus era um bom homem, mas que, como todo homem, pela ordem natural das coisas, morreria, certamente, era o que lhe cabia. Sua mente obscurecida não alcançava a dimensão da Vida presente na história do Mestre. José era amoroso, a seu modo, serviu a Jesus, prestou-lhe honras na morte, pagou um preço pelo cuidado de Seu corpo, mas não conseguia alcançar que Jesus não podia ficar ali. Isto era inacessível à sua compreensão. Talvez no futuro sua visão viesse a se abrir para entender o Reino de Deus que esperava.
    Identifico-me, porém, com os discípulos de Jesus, mais do que com José de Arimatéia, que O velou. Os discípulos andaram com Jesus durante um bom tempo. Eles viram a graça e a manifestação da vida naquele homem. Eles O viram vencer a morte na história de pelo menos três pessoas e realizar mais tantos milagres. Nele estava a Vida, Ele era a Luz dos homens, cheio de graça e verdade. A morte não combinava com Ele. Eles não a aceitavam.
    Percebo que o sentimento dos discípulos era uma indignação santa, porque Jesus não tem mesmo nada a ver com a morte. E embora eles não atentassem para a ressurreição ainda, ela estava latente em seus corações, em forma de sementes dispersas pelo vento. Porque Jesus se afina com ressurreição, vida, celebração, com tudo de bom que Deus derrama em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado.
    A opção por seguir Jesus é sempre a opção pela vida, mesmo quando a vida é incompreensível, foge ao controle, tira o tapete, bagunça os planos mais sinceros de viver o melhor. E ela volta e meia faz isso. Mas a indignação latente contra todo tipo de morte pulsa no coração dos filhos de Deus, que não foram criados para a morte, se eles não se deixam dominar por uma visão amortecida de Jesus, que permanece na cruz ou se mantém sepultado.
    Peço a Deus que sempre me faça optar pela Vida, não a que eu posso ou tento gerar ou controlar por mim mesma (e eu sou danada pra tentar fazer isso), mas a que vem dEle, mesmo quando Seus caminhos são tão misteriosos e além daquilo que eu posso imaginar. Porque o fato é que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Deus preparou para aqueles que O amam, não é mesmo?

  • Não é que nós chegamos ao capítulo 16, Marcos Botelho?
    Tenho pra mim que este é meu último comentário do evangelho. Ou não, Deus sabe. O derradeiro aqui, com certeza. Saideiro, para os mais animados. Já estou até pensando em brindar realmente, porque estou feliz demais por conseguir lhe acompanhar até aqui. Fala sério: só Jesus, hein!
    O fato é que é tempo de animação, mesmo. São
    as primeiras horas de um dia de ressurreição. Uau! A ressurreição chegou! Vamos falar dela.
    Talvez a expectativa de que algo extraordinário para mudar a situação da perda e da morte de Jesus já tivesse esvaído do coração dos discípulos e restasse apenas uma sobra de alguma negação, própria do luto, mesmo, e eles se preparassem todos para peregrinar em direção ao túmulo, para visitar o corpo de Jesus, como fizeram algumas mulheres (vs.1-3), encabeçando a procissão.
    Ah, as mulheres… Somos pródigas em encarar as nossas dores. Talvez porque já tenhamos nascido com sinas ligadas a elas, mesmo. Temos que dar à luz a outros, sempre. E isso é um processo doloroso.
    Mas se acolhemos essa sina em sua grandiosidade no servir, nos tornamos cada vez mais generosas. Do contrário, nos tornamos ansiosas e amargas.
    Jesus teve a graça de conviver com mulheres generosas e gratas. Todas experimentaram grandes transformações de vida por causa de Sua presença. Por isso, foram leais a ele até o fim. Seus amigos se dispersaram perplexos. Mas as mulheres que o acompanhavam, apesar da perplexidade, foram amigas até o fim. E foram elas as primeiras a atestar a ressurreição, nas iniciais horas daquela manhã de domingo.
    Tenho pra mim que a grande questão que permeia este capítulo todo é a fé e tudo que vem no pacote com ela. É, porque a fé traz consigo uma série de aspectos, até mesmo contraditórios entre si, que podem, aos olhos desavisados, parecer até incredulidade.
    Com a experiência dos “heróis da fé” nas escrituras, percebo algumas sinalizações para a minha própria caminhada.
    Primeiro, a fé não é um sentimento, ela é uma resposta positiva a um convite, um chamado de Deus. A iniciativa é dEle, a resposta é nossa, e pode vir acompanhada de vários sentimentos por vezes confusos e contraditórios: o desejo, aliado ao medo, à dúvida, à tristeza, à ansiedade, ao cansaço e por aí vai. Eh, pera lá! Dúvida, medo… É, sim. Pra mim, o contrário de fé não é a dúvida ou medo, é a desobediência. Pode deixar, vou explicar. Quando Deus se dirige a mim propondo passos na caminhada com Ele, se creio em Seu caráter e convite, respondo afirmativamente, não com palavras somente, mas com atitudes e obras. Em suma, obedeço. A despeito do que vai no coração. E normalmente vai dúvida, medo, ansiedade, mesmo, porque somos humanos, e desejamos ver e controlar o que está acontecendo. Se deixamos de caminhar e de obedecer por causa desses sentimentos, então optamos mais por ver do que por crer. Aí, empacamos, paralisamos, esperamos as coisas acontecerem, ao invés de fazê-las acontecer em função do que Deus nos diz para fazer.
    Se Deus esperasse a gente descartar todos os sentimentos contraditórios que aparecem na caminhada, para só depois nos propor o que fazer, Jesus não teria vindo ainda, porque aqueles que Deus chamou para construir e preparar o Seu caminho ainda não estariam prontos.
    Caminhar por fé, então, é decidir ir em frente na direção do que Deus falou, ainda que sem ver no que vai dar, ainda que com medo e dúvidas no coração. É assentar a escolha de obedecer. Em algum lugar remoto da minha caminhada, ouvi alguém dizer que o abecedário de Deus é OBDC. rsrsrs. Bonitinho, não? Até que é. Mais do que isso, é real.
    Mas, dei essa volta toda pra dizer que aquelas mulheres e os discípulos foram, ao final da história, convidados a crer em um Jesus, que não era mais visível permanentemente. Ele até apareceu a eles algumas vezes, abrindo uma excessão generosa, mas o destino deles era agora caminhar por fé, não mais por vista.
    Aquelas mulheres foram as primeiras crentes. Entenderam que precisavam visitar o corpo de Jesus ainda morto. Decidiram ir, mas tinham questões e sentimentos confusos no coração. Um deles era a preocupação com a pedra que fechava o túmulo. Como é que elas, mulheres, conseguiriam remover aquela pedra de entrada? Mas foram assim mesmo, porque creram. E não é que Deus já tinha enviado anjos pra remover a pedra, menino? Pois foi.
    Mas quando elas souberam que Jesus estava ressuscitado e que era verdade, que a história não tinha chegado ao fim, estava só começando, aí o susto e o medo tomou conta. Elas paralisaram, mesmo, e não conseguiram, num primeiro momento, obedecer e contar as boas novas aos outros discípulos.
    Mas foi a uma delas, Maria Madalena, que vivenciou grande libertação na caminhada com Jesus, que Ele se revelou em forma corpórea, ainda que não permanente, para garantir que todos os discípulos pudessem ter a chance de receber as boas novas.
    Daí para o fim do capítulo, o enredo oscila entre atos de fé, que movem a convidar outros a ver Jesus ressuscitado, e atos de incredulidade paralisante, a nossa própria história de caminhada.
    Vamos dizer: somos pessoinhas difíceis, hein. A gente se acha, acha que não, mas somos, sim. Bom é que Jesus já sabe disso e continua com a gente assim mesmo.
    O corpo glorificado de Jesus se manifestou visivelmente por um tempo curto aqui, para fortalecer a fé dos amigos de Jesus e prepará-los para a missão que lhes cabia.
    Mas, depois que Jesus foi levado aos céus, designou Sua Igreja como Sua manifestação visível, Seu corpo na terra. Somos mãos, pés, olhos, ouvidos, boca, braços, pernas moventes de Jesus em meio às sucessivas gerações que caminham como ovelhas sem pastor.
    A melhor notícia: Jesus continua sendo o Cabeça deste Corpo. Não nos deixou acéfalos. “Os discípulos foram a toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e confirmava o que eles diziam por meio dos milagres que seguiam sua mensagem”, é o que diz o último verso do livro.
    Jesus estava com eles. Não os deixou órfãos, enviou o Seu Espírito para os guiar em todas as coisas. Ah, essa mensagem arde no meu coração. No seu também?
    Podemos cantar, então, sobre isso, nos alegrando na ressurreição e nas manifestações do Corpo ressurreto de Jesus?
    http://www.youtube.com/watch?v=-KHRaUCBOr0

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