aparencia-do-mal

Esses dias vi na banca de jornal o lançamento de peças de xadrez dos personagens do Star Wars e já fiquei muito afim de ter.

Quando cheguei na casa do meu sogro percebi que na prateleira da sala dele estava lá, com pose de ataque, o grande Darth Vader. Fiquei doido, olhando um tempão, mexendo com todo cuidado e, depois de ter lançado algumas indiretas, ele comprou no outro dia um pra mim também.

Depois de algumas semanas, saiu uma outra peça, o action figure do Luke Skywalker. Para quem não conhece, o mocinho da primeira trilogia. Mas não fez nem coceira na mão, nem mexeu nada comigo.

Isso me fez pensar o porquê eu, e quase todo mundo que conheço, nos encantamos mais com o vilão do que com o mocinho.

A bíblia fala para colocar à prova todas as coisas, e ficar com o que é bom. Fujam de toda aparência do mal (I Ts 5:20-22).

Lógico que a primeira interpretação é sempre para evitar parecer que está fazendo alguma coisa errada aos outros. Mas como podemos colocar em prova todas as coisas, se ficarmos pensando em nossa aparência?

Olhando para Darth Vader, percebi que o mal tem uma força, um lado sombrio, que nos atrai, que nos encanta, que nos chama: Venha para o lado escuro da força!

O mal tem uma aparência sedutora, que por um lado bota medo em quem vê, mas por outro encanta aqueles que ficam muito expostos a ela.

Quem aí se lembra do trecho da música da Zélia Duncan: “Alegria do pecado às vezes toma conta de mim. E é tão bom não ser divina”. Não diria a alegria, mas sim o prazer ou até o encanto.

A aparência do mal é tão sedutora, que temos que fugir dela, porque ela tem o poder de nos atrair e nos fazer curvar a ela.

Não estou dizendo que nem ela e nem o próprio mal são mais fortes do que a graça de Deus, pois não são nem sombra da luz do Pai.

Mas nascemos maus, somos maus e carregamos, até depois de salvos, o velho homem mau dentro de nós, que sempre renasce quando encontra sua fonte de energia.

Por isso que Paulo nos adverte a colocar em prova todas as coisas, mas correr rápido quando virmos que o poder do mal está por perto seduzindo e chamando novos ou antigos súditos, sussurrando nos nossos ouvidos: Deus não é seu pai, eu sou seu pai!

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