Jesus é o verdadeiro e melhor Adão, que passou pelo teste no jardim e cuja obediência é imputada a nós.
Jesus é o verdadeiro e melhor Abel que, apesar de inocentemente morto, possui o sangue que clama, não para nossa condenação, mas para completa absolvição.
Jesus é o verdadeiro e melhor Abraão que respondeu ao chamado de Deus para deixar todo o conforto e a família e saiu para o vazio sem saber para onde ia, a fim de criar um novo povo de Deus.
Jesus é o verdadeiro e melhor Isaque, que foi não somente oferecido pelo Seu Pai no monte, mas foi verdadeiramente sacrificado por nós. E assim como Deus disse a Abraão, “agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho”, nós também podemos olhar para Deus levando Seu Filho até o alto do monte e sacrificando-o, e então dizer, “Agora nós sabemos que Tu nos amas porque não retiveste Teu Filho, Teu único Filho a quem Tu amas, de nós.”
Jesus é o verdadeiro e melhor Jacó que lutou e sofreu o golpe de justiça que merecíamos, de forma que nós, assim como Jacó, só recebêssemos as feridas da graça para nos despertar e disciplinar.
Jesus é o verdadeiro e melhor José que, à destra do rei, perdoa àqueles que o venderam e traíram e usa o seu novo poder para salvá-los.
Jesus é o verdadeiro e melhor Moisés que se põe na brecha entre o povo e Deus e que é mediador de uma nova aliança.
Jesus é a verdadeira e melhor Rocha de Moisés que, golpeada com a vara da justiça de Deus, agora nos dá água em pleno deserto.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jó, sofredor verdadeiramente inocente, que então intercede e salva os seus tolos amigos.
Jesus é o verdadeiro e melhor Davi, cuja vitória torna-se a vitória do Seu povo, apesar deles nunca terem movido uma única pedra para conquistá-la.
Jesus é a verdadeira e melhor Ester que não apenas arriscou deixar um palácio terreno, mas perdeu o definitivo e divino; que não apenas arriscou sua vida, mas entregou-a para salvar o Seu povo.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jonas que foi lançado para fora, na tempestade, para que nós pudéssemos ser trazidos para dentro.
Jesus é a verdadeira Rocha de Moisés, o verdadeiro Cordeiro pascal, inocente, perfeito, desamparado, sacrificado para que o anjo da morte não atentasse contra nós. Ele é o verdadeiro templo, o verdadeiro profeta, o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro rei, o verdadeiro sacrifício, o verdadeiro cordeiro, a verdadeira luz, o verdadeiro pão.
A Bíblia definitivamente não é sobre você e eu. É sobre Jesus o Cristo.
Texto tirado da mensagem 4, de 5 mensagens, que o pastor Tim Keller fez no Brasil. Confira AQUI as mensagens!
Jesus é o verdadeiro e melhor… E aí segue uma sequência de nomes de figuras do VT. Alguns parecem que existiram como pessoas. Davi, por exemplo, outros, como Jó e Jonas, certamente são figuras míticas representativas, pelo menos de ideias.
Quem me informa sobre esta distinção é James L. Kugel, autor de “The God of Old” e do recentíssimo livro dele mesmo “How to Read the Bible – A Guide to Scripture, Then and Now”. Com as notas de rodapé, são mais de 800 páginas.
Kugel foi professor de hebraico na Universidade de Harvard entre 1982 a 2003.
Kugel tem uma vantagem estupenda: além de atualizado na área, ele tem uma abordagem sui generis: o livro pode ser apreciado por liberais, até alguns extremados, e conservadores, como a equipe editorial de ULTIMATO, por exemplo, que certamente deve assinar os fundamentos que norteiam a revista até agora.
O livro dele não é para destroçar nem um lado (liberais) nem conservadores (ortodoxos). O livro mantem aquela posição de, por incrível que parece, informar o leitor sobre como os dois lados pensam sobre pesquisa na área de o Velho Testamento. Se você quiser acreditar em Deus, leia o livro. Se você quiser desacreditar, leia-o também. É simplesmente fascinante.
Ele (Kugel) concordaria com este artigo aqui? Nem um pouquinho! Por que?
Porque aqui neste artigo não tem nada de teologia, nada de pesquisa teológica do Velho Testamento, nem para um lado, nem para o outro.
Como assim?
O autor desse artigo deslisou na manteiga das modernas apreciações de ‘auto-ajuda’ e lambanças psicológicas bem azeitadas e, aproveitando figuras do VT juntou-as por meio de adjetivo e substantivo (verdadeiro/melhor), casou estas figuras com outro modelo maior e referencial, Jesus, para dizer que EU e VOCÊ não somos o que somos, mas se atentarmos para as figuras e o que elas representam, teremos Ele e para Ele que o autor do artigo aqui sabidamente construiu com as palavas “É sobre Jesus [sic] o Cristo.”
Ou melhor ainda, o que as figuras fizeram, se o fizeram ‘historicamente’ou não, estariam encarnadas Nele, de modo que se você olhar para cada uma deles (“Jesus é o verdadeiro e melhor Jonas que foi lançado para fora, na tempestade, para que nós pudéssemos ser trazidos para dentro”) verá Ele. Ele definido pela teologia sui generis do articulista.
Como assim?
1. O autor fez uma leitura teológica de um grupo de figuras e aplicou-as a Cristo. Se olhar para a leitura teológica, ver-se-á Cristo. Ele é a tipificação teológica de Jonas, por exemplo.
2. A ‘lambança’ e a ‘auto-ajuda’ está em todos os curtos parágrafos, como o de Jonas citado: Jonas representa o ‘lançado’ fora (rejeitado?) para que Ele fosse ‘recolhido’ (acolhido? aceito?).
3. Vejam o título do artigo, “PREGANDO JESUS NO ANTIGO TESTAMENTO”. Se você estivesse no banco da igreja ouvindo o pregador, o verdadeiro e melhor visto pelo olhar de Jonas, você certamente veria a Jesus tal qual Ele é.
4. Você não precisa, como fez Kugel, indagar arduamente sobre o sentido da Bíblia, faça como o autor deste artigo: busque figuras, case-as com certos modelos e pronto, você nem precisará indagar a Escritura judiciosamente o que é melhor ou verdadeiro, e nem ver contradições. Basta passar a manteiga da auto-ajuda psicológica e o ganho está feito.
Eduardo, esse é um trecho de 5 pregações bem longas sobre o evangelho e como encontra-lo no VT baseada em Lutero. Respeito sua crítica, mas a tese do Tim Keller é bem mais profunda que isso. Sugiro que assista as 5 mensagens (que não é livro) que vai te abençoar! Abs
Prezado Marcos,
Comentei em cima do que veio postado. Assim como o que comentei foi sobre um ‘trecho’ de cinco, e confesso que não achei congenial, por extensão assistir ao restante seria dar sequência. Não lerei.
Mas concordo em gênero, número e grau com a apreciação de seu postado e o desejo de abençoar.
Em outras palavras, podemos discordar na espécie, no gênero concordamos.
Cordialmente,
Eduardo Velasco
Natal/RN
Mande no meu email essas mensagens.
Ele mesmo indicou onde estão. Leia lá no final do artigo dele.