Existem conflitos que é melhor não resolvermos porque senão piora.
Por exemplo a natureza de Jesus. Se afirmamos que ele é 100% divino, abandonamos dezenas de versículos e fatos que mostram que ele foi e é humano; se afirmamos que ele é 100% humano, abandonamos muitos versículos e provas que falam que ele era e é Deus; e se falarmos que ele é mesclado, que é 50% cada um, cometeremos um erro pior, pois tiramos a integralidade das naturezas do Cristo.
Esse conflito não podemos resolver, temos apenas que aceitar que ele é 100% Deus e 100% homem. Administramos isso com fé e discernimento.
A mesma coisa é o conflito entre coração e cabeça, ou fé e a razão!
Por um lado todos nós buscamos algo racional, que faça sentido, que possamos mensurar e avaliar. Nos sentimos seguros quando encontramos realidades racionais. Afinal a razão é o que nos diferencia dos animais.
Mas por outro lado, algo em nós pede transcendência, pede fé, pede um sexto, sétimo e oitavo sentido. Nos sentimos desafiados a viver uma vida de impossíveis. Afinal de contas, a fé é que nos faz viver a realidade do alto.
As vezes queremos resolver esse conflito e escolhemos um lado e acabamos matando os dois. A solução é não resolver o conflito escolhendo um lado, e sim viver os dois lados 100% ao mesmo tempo, administrando com fé e discernimento.
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