O jornal francês satírico Charlie Hebdo, veio essa semana, depois de um ano do atentado terrorista que sofreu, com uma capa com “Deus” vestido de terrorista sujo de sangue e o título: O assassino continua solto.
O assunto é tão complicado que pensei duas vezes em escrever, mas decidi fazer em forma de observações.
Acho pequeno o tipo de humor que tem como objetivo claro apenas a provocação e a destruição do outro e de valores. O fato do jornal colocar o Deus cristão (o símbolo da trindade no desenho) mostra que eles querem provocar os cristãos religiosos, deturpando o fato em si.
Eles estão usando a liberdade de expressão do ocidente, onde o próprio cristianismo ajudou a conquista-la, para bater e provocar o próprio pensamento cristão. É a incoerência humana no mundo da democracia.
Eles são o outro lado da mesma moeda dos radicais que os atacaram, usam a liberdade de expressão para agredir a liberdade dos outros em detrimento ao que eles acreditam que é o certo.
O fato deles não saberem usar a liberdade não quer dizer que temos que censurar ou atacar a liberdade, pelo contrário, temos que defender a liberdade e contra atacar com a lei da democracia e do mercado: criticando, boicotando e desprezando. E no caso dos cristãos a bíblia ensina que esse contra ataque tem que ser feito com amor.
Lógico que eles estão blasfemando contra Deus, mas dou um recado para os juízes de plantão: Espero que Deus, o Justo Juiz, os julgue na eternidade, pois sei que um deus que fica jogando praga e fulminando pessoas por ai poderia fazer isso comigo por pecados que cometo na minha miserável vida. Peço sempre misericórdia para Deus.
E para acabar, a bíblia mostra que o ser humano desde o principio não sabe lidar com a liberdade, e o jornal satírico usa de forma mais leviana a liberdade que Deus deu contra o Deus da liberdade. Como diria o mestre Ariovaldo Ramos: é usar a graça de Deus contra o Deus da graça!
Essas são as minhas observações desse assunto delicado, quais são as suas?
Parabéns pelo texto, Marcos Botelho!!! O jornal Charlie Hebdo, assim como os terroristas, é agressivo; o que muda é que usam desenhos em vez de armas.
Curto muito as suas publicações, sempre mt relevantes. Pouca gente do “meio gospel” se arrisca em escrever assim e ser mal interpretado, alias, ultimamente, sempre que ouço essa palavra “gospel” sinto profunda aversão (pronto falei, rs). Valeu Marcos, que Deus te encoraje escrever mais, flwsss
Muitos jornalistas defendem a “liberdade de expressão”, dizendo que eles tem plenos poderes para fazer o que bem quiserem. Eu discordei, pois isto seria ferir a liberdade dos outros de manifestar a sua fé. Mas mesmo assim fui ignorado, deve ser porque o jornalista era ateu militante…
Na minha terra, liberdade é uma coisa, libertinagem é outra. E eu acho que todo mundo tem direito a falar o que quiser, sobre o que quiser. Mas deve estar consciente dos seus atos, e de até aonde pode ir.
“Liberdade de expressão significa que de vez em quando, você sairá chocado” (studio 60 on the sunset strip).