Esta semana participei de um encontro para discutir a liberdade religiosa no Brasil. Estive ao lado de líderes das religiões budista, muçulmana e do candomblé.
Confesso que geralmente não aprecio esses debates, pois vejo da parte de alguns uma teologia muito “liberal”, em que os pilares da revelação são relativizados.
Mas foi tão bom ouvi-los e quebrar alguns estereótipos. Encontros desse tipo promovem o bom convívio cívico e nos fazem crescer. Quando conhecemos o outro, não damos espaço para o medo e, consequentemente, surgem a tolerância e o respeito.
Para mim é muita incoerência um discípulo de Jesus não ser a favor da liberdade religiosa. Diria que é impossível!
Quis expor no encontro três pontos que justificam a afirmação acima. Tentei, de forma bem resumida, descrevê-los aqui abaixo.
Primeiro: penso que, quando alguém acredita que encontrou a verdade, não precisa brigar ou gritar com quem crê no contrário.
Quando meu filho aprendeu a falar “não” e a levantar o dedinho, ele começou a me confrontar quando ia trocar sua roupa ou tomar banho. Na primeira vez eu fiquei com raiva e, por alguns segundos, quis impor minha força e autoridade. Mas pra quê? Ele é uma criança de 2 anos. É tão lógico que eu sou mais forte e sei o que é certo! Então, toda vez que isso acontece, eu explico com voz calma que o papai sabe o que é melhor pra ele.
Assim é quando temos convicção de que a nossa fé é verdadeira. Quem tem dúvida na fé é inseguro e briguento.
Segundo: o estado laico foi um dos frutos da Reforma Protestante; ou se repensava um estado que saberia conviver com outras religiões ou a Europa ruiria numa guerra civil.
Em tese, a bandeira de paz foi levantada para todas as expressões de fé, com o estado garantindo por lei a liberdade religiosa. A religião majoritária sempre vai querer oprimir as minoritárias, mas cabe ao estado garantir os direitos de cada cidadão.
Discurso de tolerância começou a se tornar comum, mas isso não é nem o básico da fé de um discípulo de Jesus. “Amar ao próximo” muitas religiões já pregam, mas amar ao próximo de forma sacrificial, amar os nossos inimigos*, isso só Cristo pregou. A paz que Jesus prega vai muito além de tolerância. Excede todo o entendimento humano.
Terceiro: muito se fala sobre moderação na fé, que o problema é o radicalismo… Mas eu penso contrário: Em se tratando de Jesus, não há outra opção a não ser o radicalismo do amor. Ser moderado na fé cristã é o pior dos cenários. O indivíduo vai ter a religiosidade, mas não vai ter o Espírito do Cristo agindo na vida dele. Na mensagem de Jesus é tudo ou nada. Deve-se ser um discípulo radical, e ser esse discípulo é amar como Jesus amou, viver a justiça que Jesus viveu, encarnar a moral assim como Jesus fez.
Esses três pontos são alguns dos pensamentos que acredito que mostram que um discípulo de Jesus tem que ser a favor da liberdade religiosa. Até porque a mensagem do evangelho é oposta à lógica das religiões (inclusiva a cristã): não é o homem tentando chegar ao divino, mas Deus alcançando o homem através do sacrifício do próprio Filho.
*Deixando claro que “inimigo” não faz referência a quem tem outra religião. Nessa passagem bíblica, Jesus fala de quem faz mal para você, roubando ou agredindo.
Liberdade religiosa não tem haver com sincretismo religioso, da mesma forma sua explanação é contrária que Jesus disse.
Entender a bíblia é relevante, mas usá-la para justificar seus princípios errados isso se caracteriza numa falta de esclarecimento bíblico.
E por fim o texto que retirou está dentro do grande sermão do Monte, no qual Jesus apresenta a verdadeira forma de interpretar os mandamentos contra a falsa interpretação do Fariseus. Diferente que muitos fazem hoje dizendo que é liberdade religiosa.
Precisamos entender que a liberdade religiosa é muito preciosa para nós anunciarmos as boas novas de Cristo, porém que assim como somos beneficiados por ela outras pessoas de outras crenças tem a mesma liberdade por isso precisamos respeita-las e principalmente ama-las!
Devemos pregar o evangelho a todos, estudar a palavra de Deus e aplica-la no dia a dia Deus é tão bom e misericordioso que perdou todos nossos pecados lá na cruz o castigo que nos mereciamos pelos nossos pecados ele derramou seu sangue para nos perdoar! glória a Deus somente ele merece toda honra e toda glória!