Esses dias comecei uma roda de conversa com uma simples pergunta: qual o seu maior medo?
Interessante como no meio de varias respostas surgiu o sentimento de vergonha, de ser incapaz, de não dar conta de suprir a expectativa do cônjuge ou do que o grupo social ao seu redor espera.
Uma pesquisa, de mais de uma década, da Dra. Brené Brown mostra que frequentemente temos três mecanismos de defesa que usamos como escudo para evitar essa vergonha:
1- Um presságio mau toda vez que se tem alegria e vivemos um longo tempo de bem estar, acreditamos que algo ruim vai acontecer a qualquer momento.
2- Achar que o perfeccionismo que buscamos pode evitar a vergonha de sua vulnerabilidade, mas essa busca nos leva para um abismo maior.
3- A busca de entorpecentes como um jeito de anestesiar a dor do desconforto e da solidão.
Quanto mais evitamos nossas limitações e fraquezas menos saberemos trabalhar em nossa alma o amor próprio e assim esse monstro chamado vergonha vai nos empurrar para as drogas, para um rigor próprio excessivo de nós mesmos ou um sentimento de impostor.
Gosto da paráfrase que o poeta Stênio Botelho usa para descrever o salmista:
“Puxa uma cadeira, minh’alma, que eu quero te perguntar:
Porque me roubas a calma, me botas tristeza no olhar?
Vamos entrar num acordo, vida tranquila viver.
Lembra daquilo que o Mestre falou: A minha Graça te basta!”
Marcos Botelho
Para minha vergonha, admito que fomos fracos demais para isso!
Naquilo em que todos os outros se atrevem a gloriar-se – falo como insensato – eu também me atrevo
2 Coríntios 11:21