No best seller “ORIGINAIS” Adam Grant mostra pesquisas onde quem inova e quer mudar algo vai ter mais problemas e críticas com as pessoas parecidas com suas causas do que as que são opostas.
Quando eu estava lendo não acreditei, mas ele mostrou duas situações inegáveis, uma delas ele descreve como os veganos são muito mais intolerantes com os vegetarianos do que com as pessoas “normais” carnívoras. Para muitos dos veganos, o vegetariano já entendeu o problema do mundo, mas faltou coragem para uma mudança radical, enquanto o carnívoro é apenas um ignorante ou insensível. Por isso a pesquisa mostra que a maioria tolera menos o vegetariano do que o carnívoro.
No outro exemplo ele mostra o quanto o movimento feminista no século XIX atrasou décadas em algumas conquistas, como o direito ao voto, por críticas e desunião entre pares e divergências como, se incluiria os negros na luta ou, se ficaria a luta só entre as mulheres.
Acredito que o maior problema que Grant revela nesse fato é que a crítica vinda dos iguais dói muito mais do que dos opostos. Pois em uma luta sempre buscamos apoio dos iguais para ver se estamos no caminho certo.
Eu como um criador de conteúdo me deparo com “fogo amigo” o tempo todo, e imagino que também faço o mesmo sem perceber.
Às vezes fazemos podcasts, vídeos, eventos, gastamos nossas vidas trabalhando no que acreditamos ser nossa missão para ser jogado no lixo por comentários de pessoas que pensam e concordam com 90% do que fazemos, mas que discordaram de 10%.
Que possamos ter mais misericórdia com os nossos pares, aqueles que não são da nossa denominação, não tem a mesma estratégia, não tem nosso contexto, tem uma opinião um pouco diferente da nossa, mas que estão do nosso mesmo lado da guerra!
Marcos Botelho
“Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”
Mateus 12:25