Às vezes lia algumas respostas de Jesus e achava tão estranhas, tão secas.
Alguém da multidão lhe disse: “Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo”.
Respondeu Jesus: “Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês?” Lc.12:13,14
Por que Jesus respondeu assim, se era uma questão sobre a lei de Moisés e se Jesus claramente era um rabi da interpretação da lei?
Com o tempo entendi que Jesus nos chama para termos uma fé madura e não infantilizada, ele nos ensina o princípio, mas quer que a gente tome as decisões a partir desses princípios.
A religião em geral nos deixa infantis, não quer nos ensinar a tomar decisões. Quando tem que decidir algo importante, por exemplo, a mudança de emprego ou se vai namorar alguém, joga essa decisão para Deus fazendo desafios como: “Senhor se for da sua vontade que eu namore essa pessoa que tal coisa aconteça amanhã”, ou “Jesus se não for para eu aceitar esse emprego que as portas se fechem”.
Quando não é pior, fazendo do líder/pastor o “pai” super possessivo e protetor que fica te autorizando e dando a “benção” no que deve fazer.
Muitas vezes Jesus está te respondendo esse tipo de oração de forma direta como: “te dei pernas, cérebro e princípios. Tome você mesmo suas decisões”.
O interessante que naquele mesmo contexto, depois daquela resposta seca, Jesus gasta um bom tempo explicando, contado parábolas, sobre o problema da ganância e ansiedade.
Jesus se importa muito com suas decisões, e gastou muito tempo na sua Palavra te dando princípios para vc ser cada ver mais parecido com ele. Mas ser parecido com ele é ser maduro, é tomar decisões e não fugir delas se escondendo com uma infantilidade “mística” ocasional.
Marcos Botelho
Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.
1 Coríntios 13:11