Tão importante quanto acreditar na morte substitutiva de Jesus na cruz, é acreditar na ressurreição substitutiva de Jesus no terceiro dia.

Esse fé na ressurreição do corpo é tão significante, que muda tudo não só escatologicamente, mas como enxergamos a vida e as festas culturais.

Ao longo dos séculos vemos a festa de carnaval sendo celebrada como uma reação a cultura e a religião que reprime o corpo, os prazeres da carne. Ai se fez a necessidade de um dia do expurgo, onde tudo se inverte, onde se destrona as autoridades. Essa catarse alivia e traz controle social, mas só funciona por um tempo, por isso tem que se repetir em festas e feriados anuais.

Mas se não negamos o corpo e seus prazeres feito por Deus na criação o ano todo, essas festas vão perdendo o sentido, pois celebramos a carne e o corpo não uma vez por ano, mas toda semana.

Não só o nosso corpo que vamos carregar eternamente, mas celebramos o corpo coletivo social, de forma amorosa, não como na festa de expurgo, onde se usa o outro com o prazer que se pode ter e depois se descarta em cinzas de uma quarta-feira qualquer.

Não escrevo isso para ficar apontando o dedo para os que estão celebrando o corpo no carnaval, pois acredito que estão buscando o seu caminho de aliviar a repressão da vida e do pecado, mas creio que não vão encontrar alivio por esse caminho

Por isso, continuemos sendo sal e luz do mundo, mostrando que o corpo é celebrado em Cristo, e nele se faz a expressão plena da carne como o sexo, cheiros, paladar da comida e bebidas, ritmos mais belos, etc.

A ressurreição de Cristo é o nosso carnaval!!!

Marcos Botelho

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