Me lembro quando estudei no seminário o conceito de etnocentrismo na matéria de antropologia: visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais.
Como a pandemia é mundial, no começo achei que as reações de uma parte dos brasileiros era apenas uma emoção etnocêntrica.
Alguns empresários milionários, que adoram imitar o linguajar e os conceitos dos países do primeiro mundo, mas agora na crise agem diferente de todos as empresas do norte, se justificando falando que estão pensando no pobre, mas tudo que falam é para salvar suas empresas.
Ou alguns líderes evangélicos, que construíram seus impérios com um discurso persuasivo de prosperidade para arrancar dinheiro durante 2h de manipulação intensa em suas reuniões, agora levantam o discurso de uma quarentena falsa, de um vírus falso, onde tudo é apenas um golpe de políticos para sei lá o que.
Ou comentaristas de política de WhatsApp que acham que descobriram uma conspiração da China comunista para derrubar os países que estão caminhando para uma direita conservadora de “fé” em deus.
Mas quando paramos para ver os casos desses homens e comentários, percebemos que é algo muito pior que etnocentrismo, é egocentrismo pecaminoso nojento!
Todos se acham o centro do mundo, acham que tiveram uma sacada que ninguém descobriu ainda ou que Deus está fazendo algo especial no chamado/empresa deles e que o inimigo jogou essa pandemia mundial para destruir seu trabalho.
O povo hebreu, ao ver que tinha a semente do messias, ao invés de pensar no privilégio de ser escolhido e no mundo a ser alcançado, caiu no pecado etnocêntrico e egocêntrico.
Graças a Deus que usou um judeu para se revelar e outros para escrever sobre ele: em Cristo não há sexismo (homem e mulher), nem segregação racial (escravo ou liberto) e nem etnocentrismo (bárbaro, cita, judeu, grego, etc…); pois todos são um em Cristo.
Marcos Botelho