Podemos tentar, bom dia Simval, bom dia Marcos, bom dia Gus, bom dia quem eu ainda não tinha dado bom dia, muito bom estarmos juntos aqui. Nós temos vários recados aqui, mas antes a gente quer fazer uma coisa mais importante do que dar recados, é conhecer quem está nos visitando pela primeira vez. Se você está aqui pela primeira vez é uma alegria ter você e a gente queria conhecer, mas eu sei que às vezes é chato levantar a mão, não precisa falar o nome e nada,
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bombom para demonstrar nossa alegria por você ter vindo. Então se você está a primeira vez e quer ganhar um bombom, não custa nada, dá um sinalzinho com a mão. Tem alguém pela primeira vez aí? Fica com a mão levantada até chegar um bombom, porque daí chega. Eu vi os seus amigos aí cutucando você, não te deu nem liberdade de não querer um bombom. Mas tudo bem, tem mais gente ali, aí em cima também, vai chegar um bombom até você. Se não chegou, fica com a mão assim, se não não chega, o pessoal não viu, às vezes.
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É um bombomzinho para você se identificar, para você se sentir bem-vindo, e a gente ora para que, se você por acaso estiver procurando uma igreja, que você aqui se sinta em casa. Essa é a nossa oração. Hoje estamos começando uma nova série de pregações e geralmente a gente começa junto com os pequenos grupos para vocês também, durante a semana, começarem nos seus encontros
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que a gente vai levar. E hoje a gente começa essa nova série chamada Parece, mas não é, surpreendidos pelas parábolas de Jesus. Jesus, ele…
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teve no seu ministério três anos e ele decidiu falar a mensagem mais importante da história da humanidade em parábolas, grandes parábolas, tem muitas parábolas, muitas histórias. Então vale a pena a gente, só por causa disso, gastar um bom tempo meditando nesse estilo de linguagem diferenciado, porque a gente pensa que a parábola é uma historinha para criança, porque como a gente sempre ouvi histórias quando era criança, a gente
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A parábola está em outra categoria, que são histórias codificadas, histórias onde ela te convida a meditar, e cada vez que você medita, cada vez que você ouve mais uma vez essa parábola, essa história, ela vai trazendo algo profundo da revelação de Deus, que só aqueles que decidirem com humildade seguir e ouvir Jesus vão poder desfrutar dessas histórias.
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dois meses, a gente vai estudar as parábolas de Jesus e tentar entender com mais profundidade histórias que popularmente já ouvimos várias vezes, mas que agora nosso objetivo é mergulhar. E parece mais uma época exatamente isso. Jesus geralmente vai levando a gente no enredo dessas parábolas para um lugar que, no final, o que os roteiristas chamam de plot twist.
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e aí no finalzinho do filme você percebe que estavam um tempo todo mortos e aí você fala, eles estavam mortos, eu dei spoiler, mas você não sabe qual o filme, então você não sabe o que eu quero. E aí no final você fala assim, vou ter que assistir de novo. E aí é exatamente esse sentimento que você tem na parábola de Jesus. Depois que você entende a virada, você fala assim, tenho que ler de novo essa parábola. É isso que a gente vai refletir. E eu decidi começar com a parábola mais famosa,
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a parábola das parábolas, uma parábola que, quando Jesus contou, até hoje ela é talvez a mais conhecida, porque ela é quase cinematográfica. Você consegue tocar nas cenas. As cenas são muito bonitas, ver o filho voltando, o pai abraçando, você vê essa história sendo recontada. Os músicos gostam de cantar sobre ela, compor sobre ela. Ela é a parábola do filho pródigo. E essa parábola é muito parecida, mas não é.
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porque ela contém várias outras parábolas, ela é muito chave. Então você tem as outras parábolas, como o filho que fala sim, depois não faz, o filho que fala não, mas depois faz. Você tem as parábolas do banquete que está aqui dentro, de alguém amoroso, generoso, que decide dar mais do que deveria. Você tem ali do servo querendo trabalhar para o seu senhor e não conseguindo fazer o básico.
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ali dentro dessa parábola ela contém quase todas as parábolas porque ela é muito completa é uma das maiores eu acredito que a gente abrir e eu fui muito tentado a jogar essa parábola para semana que vem que é dia dos pais porque assim dia dos pais falar sobre o parábola filho está quase que na cara do gol mas a gente já está se preparando agora para o dia dos pais e entendendo um pouquinho mais sobre essa parábola então eu queria convidar você para abrir em lucas 15 esse essa parábola é material exclusivo
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Lucas 15, versículos 11 a 32. Vamos ler? É na NVT, diz assim, a palavra do Senhor. Jesus continuou. Um homem tinha dois filhos. O filho mais jovem disse ao pai, quero a minha parte da herança. E o pai dividiu seus bens entre os filhos. Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante.
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onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada. Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra e ele começou a passar necessidade.
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convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma. Quando finalmente caiu em si, disse, até os empregados de meu pai têm comida de sobra e eu estou aqui, morrendo de fome.
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pequei contra o céu e contra o Senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como um empregado.” Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão correu para o filho, o abraçou e o beijou. O filho disse,
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O pai, no entanto, disse aos servos, de pressa, tragam a melhor roupa da casa e vistam nele, coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés, matem o novilho gordo, faremos um banquete e celebraremos, pois o meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado, e começaram a festejar. Enquanto isso, o filho mais velho trabalhava no campo. Na volta para casa,
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ouviu música e dança e perguntou a um dos servos que estava acontecendo. O servo respondeu, seu irmão voltou, seu pai matou um novilho gordo, pois ele voltou são e salvo. O irmão mais velho se irou e não quis entrar. O pai saiu e insistiu com o filho, mas ele respondeu, todos esses anos tenho trabalhado como um escravo para o Senhor e nunca me recusei a obedecer às suas horas.
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e o Senhor nunca me deu nem mesmo um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando esse seu filho volta, depois de desperdiçar o dinheiro com prostitutas, o Senhor comemora matando o novilho. O pai respondeu, Meu filho, você está sempre comigo e tudo que eu tenho é seu. Mas tínhamos que comemorar esse dia feliz, pois seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado.
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Que Deus ilumine a sua palavra. Um bom jeito de se interpretar as parábolas é entender o que causou, qual foi a situação que fez Jesus contá-las. E geralmente o livro traz antes. Quando você vai para os dois primeiros versículos…
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do capítulo 15 de Lucas, você vai entender porque Jesus conta essa parábola e é fundamental você entender para você entender a parábola. Diz assim os dois primeiros versículos. Todos os publicanos e pecadores estavam se reunindo para ouvi-lo, mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam. Este homem recebe pecadores e come com eles.
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o dia que eles tinham uma festa ali, que eles tinham uma mesa mais caprichada, comemorar o Shabá, né, os judeus faziam isso, e esse sábado especial Jesus convida os pecadores ali, os tamaritanos, as prostitutas, os publicanos, pessoas que eram odiadas pelos religiosos e decidem celebrar. E aí chegam os religiosos, os mestres da lei, provavelmente ali de Jerusalém,
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com Jesus. E eles chegam, quando eles chegam para ter esse sábado com Jesus, para questioná-lo, para ouvir ele também, eles chegam e falam, o que é isso? Primeiro que nossos lugares estão tomados aqui. E segundo, que tipo de gente é essa que Jesus senta? Que tipo de gente é essa que Jesus celebra ali, senta e come com eles? E eles começam a criticar. E Jesus, vendo isso, decide contar uma parábola. Na verdade, ele conta três parábolas. Ele
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da dráquima perdida, que é uma moeda perdida, e do filho pródigo. Essas três a gente vai falar em outra outra situação, das duas primeiras, mas é importante você entender essa sequência, porque todas estão no mesmo contexto e todas estão muito amarradas. E, geralmente, quando a gente chega na parábola do filho pródigo, parece, mas não é. Porque, para começar, ela dá o nome de filho pródigo.
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A parábola é de dois filhos, mas a gente geralmente fica no primeiro, porque o enredo do primeiro é muito simbólico com todos. Quem nunca, mesmo que cresceu na igreja, uma hora não foi para o mundão, bebeu, gastou dinheiro… Ou quis ir, pelo menos na mente foi. E uma hora volta, a gente chama isso no meio evangélico. Me desviei naquela época. Ainda houve de alguém da igreja. Ah, um bom filho, a casa torna. Aí volta.
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Realmente é uma experiência muito marcante, porque quando você volta, você se arrepende, cai em si. O começo dessa parábola é muito o enredo de nós. E por isso que a gente dá esse foco, legitimamente, e fala isso aqui conta a minha história, então eu vou falar do filho pródigo. Só que a história não foi contada por causa do filho mais novo. Ele está apontando para o filho mais velho. Parece que a história é do filho mais novo.
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Mas, na verdade, ela vai apontando para você continuar lendo. A história é longa para você continuar lendo. E essa história parece que é uma invenção de Jesus, mas o primeiro ouvinte que estava ali estava entendendo claramente que essa história se tratava de histórias que eles cansaram de ouvir na infância, que são as histórias de Gênesis. Se você reparar…
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você vai ver que a história do filho pródigo é exatamente todas as histórias dos patriarcas em Gênesis. Todas as histórias dos patriarcas em Gênesis é um pai que tem dois filhos.
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Você vai ver Adão tendo dois filhos, Caim e Abel. Você vai ver Abraão tendo dois filhos, Ismael e Isaac. Isaac tendo dois filhos, Isao e Jacó. E assim, até o resto da Bíblia, você vai ver esses dois filhos. Outra coisa que você vai ver é que sempre na tradição judaica você dá a herança.
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a bênção para o mais velho. Mas, em todas as histórias de Gênesis, o mais novo é que fica com a herança. Então, você vai ver essa história também sendo repetida. Você vai ver que nas ofertas que Caim e Abel deram, Deus aceitou a Diabel II, e aí Caim vai se revoltar contra Abel. Você vai ver dos dois filhos, a bênção é dada, o filho da promessa é considerado Isaac. E quando Isaac nasce, tanto Ismael como a sua mãe,
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e ficam com ele, vão atrás dele. E, também, quando Jacó nasce e consegue a herança de formas bem estranhas, você vê Isaú indo atrás dele para matar ele, e ele foge. Então, uma briga entre irmãos, irmãos-ciumes do filho mais novo, o mais novo recebendo a bênção. E a herança é essa história de Gênesis.
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Então, às vezes, você está… Gente, eu não tinha pensado… Mas o primeiro ouvinte sabia, porque ele cresceu ouvindo essas histórias, e ele falou, tá bom, eu já entendi, Jesus, você está contando a história de Israel. E é exatamente essa a parábola. A parábola é sobre a história do povo de Deus, a história de Israel, e como ela acontece. Só fala. Não, isso é interessante, porque aí ele está olhando a história e está falando, é comigo, eu sei, eu sou privilégio. Eu sou privilegiado, eu não tinha direito, mas Deus escolheu quem somos nós,
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e estou eu aqui e agora eu usufru disso, então não sei, Jesus, eu já sei para onde você vai. É, e até então os religiosos estão legais na história, porque assim, primeira história o pastor vai atrás das ovelhas, então eles pensam assim, é igual Israel que foi para o exílio e o pastor, Deus, trouxe de volta. Segunda história é a moeda que foi perdida, é igual nosso Deus que essa mulher que vai atrás… E nas três histórias tem festa.
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Então sempre tem festa. E aí, quando chega nessa terceira, ah, o filho foi mais velho. Quando chega no filho mais velho…
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é um pouco diferente, porque, diferente de Gênesis, agora Jesus inverte e ele coloca. Porque sempre o povo escolhido é o filho mais novo que é eleito para a bênção. Mas Jesus está colocando os religiosos como o irmão que implica com que está recebendo a bênção. Então, um religioso e o mestre dali estão entendendo o que Jesus está fazendo. Você é Caim.
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Você é Ismael, você é Isaú, vocês estão implicando igual os outros de fora, e aquilo incomoda demais. E se não incomodar o nosso coração, ou essa manhã, a gente não está entendendo a história. Porque esse é o ponto, aonde você se coloca na história, se você ficar querendo se colocar sempre como filho mais novo, você não está entendendo o peso da história. Porque tudo bem colocar às vezes o mais novo, mas você tem que entender todas as coisas. Quanto de mais velho eu tenho, né?
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A pergunta dessa manhã é quanto de mais velho nós temos e somos. E é exatamente isso. E quando a gente vai ver o diálogo do filho mais velho, a gente vai perceber que no versículo 28 e 30 você vai ver essa arrogância dos religiosos fazem eles terem um desprezo pelos pecadores. E olha que interessante. Então na parábola o mais novo são os pecadores que estão comendo com Jesus, os mais velhos são os religiosos criticando os dois filhos.
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e você tem a festa. E olha o que o filho mais velho fala. O filho mais velho encheu-se de ira, 28, 30, agora, quando volta para casa este teu filho que esbanjou os teus bens com as prostitutas, mata um novilho gordo para ele. Olha que interessante.
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você vê na fala do mais velho uma raiva. Ele nem chama o meu irmão, volta para casa. Quando a gente briga com os nossos irmãos, é sempre o filho da mãe, o teu filho fez isso. Quem tem irmão sabe disso. Na briga é o teu filho, não é o meu irmão. Às vezes, no casal, quando o filho está fazendo isso, não é nosso não? Você sempre pensa que o seu filho vem com prostituto. Nem tinha isso na história no começo, mas ele vai colocando ali, você mata,
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E o raio fala que ele se encheu de ira. O que Jesus está trazendo é que essa religiosidade, ou os religiosos, no fundo, no fundo, eles acham que ele não precisa da graça de Deus. Eles estão salvos porque eles tomaram vergonha na cara. E é isso a coisa forte. É quase assim. Eu só sou salvo…
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porque eu decidi uma hora na minha vida, caiu isso e eu falei, agora eu vou tomar atitudes. E é lógico que a gente tem essa perspectiva na nossa vida de tomar atitudes, mas…
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Essa percepção religiosa vai levar a esse extremo de pessoas não quererem sentar na mesa porque acham que eu sou melhor que os outros. E isso é tão claro aqui, porque eu sempre digo que é a teologia do Zagallo. Você lembra que o Zagallo estava para ser demitido da seleção brasileira como técnico? E ele falava assim, vocês vão até que me engolir quando ele ganhou um jogo. E eu acho que é isso. O religioso vive uma vida tão certinha, faz tudo, dá dízimo,
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e sempre tem um missionário para ajudar, ele não fala palavrão, ele não vai na balada, ele não toma cerveja, ele tem tantas coisas ali, ele está ali tudo o que ele fala. Senhor, graças a te dou pela salvação, mas você vai ter que me engolir, porque eu aqui estou vivendo num padrão que está difícil. Você lembrou da outra parábola, que eu não sou obrigado porque não sou como ele. É, porque eu não sou igual a ele. Quando eu falo que as parábolas estão todas aqui, é mais ou menos isso.
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O que é que tem sentido? Ó, senhor, esse… Eu, eu tô aqui o tempo todo, mas vem esse teu filho e você perdoa? No fundo, no fundo, essa religiosidade, ela é o pecado que nos fez cair.
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é de a gente achar que a gente é Senhor e Salvador da nossa própria vida. Esse é o pecado de Adão. Esse é o pecado que sempre nos afastou de Deus. É olhar tudo o que é bom aos nossos próprios olhos e a gente é que tem o controle da nossa vida. Nós não precisamos nem de Jesus na cruz, porque, no final das contas, eu preciso de Jesus só para me emocionar. É realmente, foi grave. Então, eu vou agora tomar a decisão. Então, quando você está aqui de manhã e tem gente no barás, aí são vagabundos. Se tivesse vergonha, estaria aqui.
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sofrendo igual eu. Poderia estar dormindo até mais tarde, mas estou aqui suportando esse culto. E é esse tipo de linguajar ou esse tipo de atitude que está lá dentro que Jesus está deixando escancarado aqui. Esse final dessa parábola é um final que vai incomodando todo mundo ali, dos religiosos, dos mestres da lei, e eles vão assim, o que é isso? Não é bem assim, é assim. E precisa.
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Gente, a religiosidade é de quem nasceu em berço cristão. Todo mundo tem.
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Mas se você teve o privilégio de crescer num verso cristão, onde os seus pais te ensinaram o caminho do Senhor, esse é o privilégio. É bom, que nem eu, eu sou filho de pastor, então eu sou religioso por excelência. Porque eu sou filho de cristão de pastor. E aí, geralmente, pessoas como eu, que cresceu sempre na igreja, eu não tenho essa tentação de voltar a fumar. Eu queria fumar, eu queria beber até cair, eu queria transar demais, isso talvez…
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Eu queria sair com os prostitutas, não sei o quê, não. Essa não é a minha tentação. Calma, gente, eu fiz a piada, mas eu sabia que vocês iam gostar. Essa não é a minha tentação, seu profano. Sabe qual que é a minha tentação? Ah, é julgar. Eu adoro ver um erro no outro. Eu adoro excluir alguém. Ah, pecou, não vai tomar ceia.
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Eu adoro acusar um pastor auxiliar de vir de bermuda. Eu gosto dessas coisas, eu gosto de apontar as coisas. E essa é uma coisa que vem dentro de mim. Então, quando eu não vigio, quando eu percebo, eu estou, de novo, longe do Evangelho, apontando o dedo, acusando. Fala, não, eu sou salvo, mas eu não sou tão tranqueira. Não, isso é demais, Jesus, você está chamando esse tipo de gente para a vila? Não, não, não, não. A vila tem que ser gente crente séria.
21:26
Eu estou brincando, deixa eu agora tocar o lado triste disso. Quem é crente velho viu a instituição religiosa disciplinar pessoas em nome da denominação? O que vão pensar da nossa igreja?
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Então, vamos afastar essa pessoa. Essa pessoa não pode entrar na casa, não pode ser aceita enquanto não sofre fora. Porque se é pecado, não, a gente tem que disciplinar, expor a vergonha. E isso é o que leva. Então, prestem atenção. E uma coisa muito importante para vocês entenderem. A religiosidade não tem a ver com credo. Então, você pode ter um religioso fundamentalista, moralista, mas você pode ter um religioso mente abertona.
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progressista, liberal, pode ser, porque o negócio não está no credo, está na confiança em si mesmo em alguma coisa sem ser de Deus, como um mecanismo de salvação.
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Para mim, a história é mais desse lado. Flávia compartilhou um pouco no primeiro culto, você compartilhando a experiência. Mas eu venho de um contexto não religioso. A minha experiência é o contrário disso. Talvez eu teria muito mais facilidade para alguma coisa, porque o meu julgamento não é geralmente moralista. O meu piloto automático não vai dizer, mas olha isso aí que perdido. Mas, às vezes, vai vir um orgulho de…
23:01
não entendeu direito Jesus, eu entendi.
23:05
Ah, essas pessoas aí… Um dia, se ele ler essa Bíblia de verdade, ele irá saber que não é isso. E aí, onde era para eu ter mais amor, eu tenho arrogância. Por isso que eu acho legal esse ponto mesmo da parábola, que é essa viradinha. Talvez você não vá se identificar com determinado aspecto de alguém que se garante por uma questão moral, mas, às vezes, eu tenho a mente aberta, por exemplo. Isso pode ser um ponto de dizer assim.
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E, na verdade, eu estou me achando superior àquele que não é também. E, às vezes, Jesus está chamando gente que vem do contexto de ser um religioso de carteirinha, outro que é o contrário disso. E se eu estou desprezando algum deles e dizer, não, esse tipo de gente eu já nem chego perto. Então tem alguma coisa comigo aí que Jesus está apontando. Gustavo.
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Por que você está achando que é superior nisso? Por que você está achando que entendeu melhor a Bíblia do que o outro? Numa posição de desprezar o outro ao invés de servir, e amar o outro e andar caminhar com ele. Eu cresci também em igreja, no ambiente também, com todos os cacuetes religiosos. E aí a gente vai caminhando, entende que vai amadurecendo. Eu pensei, mas agora eu já sou a desconstruída, agora eu já não tenho mais
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Agora eu já olho para as pessoas e como Deus se manifesta na vida de cada pessoa, a história de cada pessoa com Deus, eu não tenho tantos julgamentos. Mas eu acho que é… é triste, mas é isso. Eu acho que cai num piloto automático, eu caio num piloto automático, muitas vezes, de julgar. De julgar, a pessoa está vendo isso porque fez aquilo, porque Deus também devia ter buscado a Deus.
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já refleti sobre isso, que eu não preciso revisitar isso diante do Senhor aos pés da cruz muitas e muitas vezes, porque a minha tendência é ser religiosa, é ser moralista, apesar de ter refletido sobre isso. E uma coisa também que para mim pega muito é essa relação com Deus patrão. Então, não é uma competição. Eu brinquei no primeiro culto
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Quando ele fala assim, ah, esse é o seu filho, tal. E quando a gente é criança e está brigando com o irmão, a gente fala, ah, mas e ele, então? Não vai chamar a atenção dele? E ele? Ele também fez, ele também quebrou. E eu acho que é um jeito infantilizado nosso também, ainda na nossa fé, de se comparar com as outras pessoas, com o que Deus está fazendo na vida das outras pessoas. E eu tenho algo que talvez eu não me compare com outro. Eu não compare o que Deus está fazendo.
25:58
com outro, mas eu comparo com que, olha, Deus, eu podia estar lá fora no bar, mas eu estou aqui. Eu estou me esforçando. Então, para mim, acho que é uma agenda muito forte essa questão do esforço. Eu sou alguém esforçada. Eu fiz por me merecer. Eu sou a menininha que se comportou, fez tudo certo e decorou versículos. Jesus me honre. E falando assim parece tão forçado.
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aqui eu trabalho como escravo para o senhor e o senhor nunca me chamou para uma festa nem com cabrito e aí eu vejo assim hoje eu acho que meu coração tá um pouco duro nesse daqui então a gente viu aqui a primeira característica importante da parábola é sair e a bíblia fala exatamente sair que o religioso tem pelo não religioso
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pelo profano. A gente vê isso no nosso país, né? A gente vira e mexe e elege uma categoria de pessoas para odiar. Os evangélicos estão nessa, a gente está nessa.
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A gente gosta de odiar. Isso só expõe o nosso coração. A gente ainda dá desculpa, não, eu odeio o pecado, não é você. Mas a gente sabe que a gente, na verdade, está odiando, é o filho mais novo. Isso está sendo exposto no nosso coração. Mas a gente bateu forte no religioso, né? Mas agora eu quero também trazer o outro lado do sofrimento do religioso. O religioso, ele está sofrendo no seguinte sentido. Ele está perdendo o melhor da festa, literalmente.
27:38
porque ele não entra na festa. Ele não entra na festa. E isso é algo muito… Não precisa ser um professor de hemea nêutica, ou um teólogo, para saber os símbolos dessa parábola. O pai é Deus, o filho mais novo é os pecadores, o mais velho é os religiosos, e a festa representa o quê, gente?
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A festa representa o que? Você sabe o que a festa representa? A festa representa o céu, a festa representa a presença do Pai de Deus, a festa representa desfrutar de tudo, entrar de volta no Éden, a festa representa todo o nosso objetivo dessa jornada ali, ou pelo menos o desfrutar do objetivo que está com Deus, é desfrutar da presença de Deus. E ainda que não fosse, assim, é a presença de Deus, é a vida com Deus,
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Na roça, chegando cansado, com música e dança, cheiro de churrasco. Gente, é isso. Fala que ele estava vindo de um dia de trabalho e tem uma palheta de cordeiro ali na… é maravilhoso. Tem que estar com muita raiva para não entrar. Tem o boi ali lindo, o churrasco. Eu vou comer e depois eu brigo com meu irmão.
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E ele fala o seguinte, versículo 28 e 29, ele não quis entrar, o filho mais velho, e aí ele fala, mas ele respondeu ao seu pai, olha, todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci as tuas ordens, mas tu nunca me deste nenhum cabrito.
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para eu festejar com os meus amigos. Ele nem se quer falar boi gordo, ele fala um cabritinho. Um cabritinho. Ele não entra na festa. E ele está reclamando de, você podia ter dado para os meus amigos, eu trabalho como escravo. Tem alguma coisa errada nessa fala aqui dele? Não sei se você percebe, ele está falando com o pai dele. Revela algo, né? Revela algo. Porque quando você é o filho mais novo, é o que foi para o mundão?
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Está claro o seu pecado, é externo o seu pecado. Até quem está pecando sabe que está desviado. Quando eu falo com gente que não está mais na igreja, o pastor está meio desviado, mas eu ainda vou voltar e falo, amém, amém. É muito ilegal, eles ficam constrangidos de falar com o pastor. Aí eles falam assim, estou meio desviado, mas a gente vai voltar. Eu falo, tá bom, que bom. Porque a pessoa está exposta, todo mundo está vendo. Só que o religioso está morto, mas é uma doença lá dentro que ele não está vendo. E aí o pai vai trazer a tona, aquela sujeira que está lá embaixo,
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e ele vai mostrando, é como se o pai fosse ali e falasse Ah, mas filho, o que está acontecendo? E uma hora ele tem essa fala, fala, olha, eu trabalho como um escravo para você. Você nunca me deu nem um cabritinho para os meus amigos. Quando você vai meditar nisso, você vai ver que o filho mais velho é igualzinho ao filho mais novo. Os dois não querem o pai, querem a herança, o que o pai pode dar. Nenhum dos dois está afim de relacionar com o pai.
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Só que um faz obedecendo certinho até o dia que o pai morrer e tudo vai ser dele. E o outro pegou e falou, sabe de uma coisa, eu vou fazer do meu jeito. Mas os dois estão interessados no cabrito. Os dois estão trabalhando como escravos. Cara, para o seu pai você trabalha como escravo? Nunca desobedeceu uma ordem. Então, assim, essa exposição de alguém que está ali e que não está experimentando
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O pai, o pai amoroso, desfrutar do pai, porque o religioso é assim, o religioso ele quer adiar a festa o máximo possível. Por isso que a gente tem essa visão de que o céu é só quando morrer. Não, sofra agora, tenha o ruim agora, aí no céu vai ter festa. Porque não percebe que a festa já começou.
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Deus não te chama para um dia você celebrar a presença dEle, a festa do céu. O céu é aqui, para quem anda com Jesus. Céu é onde Deus está, e Deus está entre nós.
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E aqui já começou o céu. Só que ele não quer esse céu. Essa é a grande confronta aqui. Eu não quero o céu que tem meu irmão, que é mais pecador que eu. E tem uma coisa também nisso, Marcos, que é, às vezes, falar… Não necessariamente você está interessado no cabrito, mas olha só, vê se isso te pega. Às vezes, o que eu queria era uma validação do meu pai.
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de uma figura de autoridade, de alguém que poderia olhar e dizer assim… Mínimo de reconhecimento. Assim, esse é o meu trabalho, a minha profissão. Eu só queria que alguém batesse nas minhas costas e falasse, caramba, olha que pessoa maravilhosa que você é. Então, parece que é isso que ele está falando também. Uma das coisas que ele está falando ali é isso. Uma das coisas que o irmão mais velho também não percebeu. Ele está jogando isso.
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Pra esse daí, você vai dar… quer dizer, eu que tô aqui, obedecendo, às vezes tava até, poxa, interessado, mas como se fosse pelo amor de Deus, me dá um cabrito dizendo assim, bom trabalho, filho. E às vezes a gente tá na religiosidade assim. Um dia Deus vai me reconhecer. Um dia Deus vai reconhecer o meu esforço. Um dia Deus vai dar aquilo que eu realmente mereço. E eu não tô vendo o que Ele já deu na cruz.
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tudo que eu precisava para que eu pudesse.
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Eu não estou conseguindo saborear isso, não estou conseguindo dizer, caramba, Deus já me deu o que eu precisava. O que é um cabrito perto disso? Tem uma festa para a qual eu estou sendo convidado que fala muito sobre esse meu pai, de como ele é, de como ele me trata, de como ele trata meu irmão. Ele lembra muito meu pai, esse pai aí, porque meu pai gosta de inventar motivos para dar festa, para celebração.
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Meu pai é daqueles caras que falam assim, vamos celebrar, mas o que? Não, vamos celebrar, celebrar, o Brasil saiu da Copa feminina, vamos celebrar. Fala assim, qualquer coisa celebra, vamos celebrar alguma coisa, ele vai buscando. E esse é um pai que está mostrando motivos para celebrar. E ele está, assim, trazendo sobre a celebração. E, só que quando a gente chega, e isso é uma coisa da literatura judaica, muito interessante, eles têm um recurso de não acabar algumas histórias.
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por querer. Então quando você vai ler Jonas, não acaba a história. Jonas do nada para. Quando você vai ler Atus, não acaba a história. E essa é uma das histórias que usa esse recurso. Está ali no final, você imagina ouvindo a história, aí o pai vai lá fora e ele vai falar com o filho, falando tudo que é meu é seu, e aí acabou a parada. O que aconteceu?
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Ele entrou de volta na festa? Ele não entrou? O que aconteceu? Fugiu para a mesma cidade que o irmão tinha ido? Fugiu para a mesma cidade. Então me dá a minha parte que eu quero viver essa vida. O que ele fez? E esse recurso, geralmente, quando ele está na Bíblia, é para dizer… Quem é mais velho? Agora eu vou falar com os velhos aqui. Na Globo, na década de 90, tinha um programa chamado Você Decide. Se você é mais novo, fica de fora dessa parte.
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que a mãe não deixava ligar. Não tinha internet. Tinha que pagar para ligar. Tinha que pagar, absurdo. E aí, filma a historinha lá. E aí, chegava na historinha, você ficava ligando qual que fica ou não fica com essa pessoa. E aí você vai lá, liga para o número e eles gravavam dois finais.
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E aí você… porque a frase é assim, porque aqui você decide, aí os velhos aí, ó, você decide. Pra eu que sou mais novo, Marcos, seria aquele negócio na Netflix, sabe, quando é interativo? É isso, é isso, é isso. Tô falando pra minha galera aqui, né? É. E aí, e na verdade essas histórias que não acabam é pra… é como assim a Bíblia dizendo, desde Jonas, Atos, agora é com você. Você pode ter esses dois finais.
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Você tem esses dois finais, mas a história não pode acabar porque você vai decidir qual é o final na sua vida, porque você é o religioso. Você é Jonas. Você é o que está expandindo o Evangelho em atos. Então, essa aqui é… qual é o final?
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Qual é o final? Você vai entrar na festa? Porque você está perdendo a oportunidade de experimentar a festa. E é interessante que quanto mais você mergulha na parábola, mais você vai descobrindo. Primeiro você descobre que a parábola não é sobre o filho mais novo, é sobre o filho mais velho. Mas aí, a gente meditando aqui, a gente percebe que a parábola não é sobre o filho mais velho, é sobre um pai amoroso. Tim Keller escreve no seu livro que pródigo é o desperdiçador, o gastador.
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E ele fala assim, essa é a parábola do pai pródigo, ou seja, é o pai que desperdiça amor, é o pai que ama. Se você reparar, quando o filho mais novo está voltando, o pai sai correndo em direção ao filho para buscá-lo lá fora.
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Tem uma coisa cultural que não é fácil entender aqui, é que um patriarca nunca corre. Quem corre são os escravos. O patriarca fica parado mandando e os escravos, que não tem dinheiro nem para comprar uma sandália, eles correm. O que esse pai faz? Ele se humilha, ele sai da sua postura por amor para correr em direção ao filho. E o filho falando, eu vou pedir para ser um escravo do meu pai e ele traz a sandália.
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E quando ele está naquela festa maravilhosa, celebração, o filho voltou, ele pensou que estava morto, viveu. Ele ouve de um, talvez de um servo, dizendo, o seu filho mais velho voltou, chegou, dá o trabalho. Fala para ele entrar, tem um lugar especial aqui para ele. E aí o servo falou que não vai entrar, ele não entra enquanto esse seu outro filho estiver aqui. E o que o pai faz?
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sai correndo em direção ao mais velho. Esse é o pai que ama religiosos e não religiosos. Esse é o pai que ama incondicionalmente. Esse é o pai que desperdiça amor. Que ama.
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e simplesmente ama. E às vezes a gente confronta na cara dele, pô, Senhor, você prometeu que ia cuidar de mim? Por que que eu estou com essa doença? Por que que eu perdi o emprego? Por que que aconteceu isso com a minha família? Por que? E o pai está lá, eu amo, tudo que é meu é teu. Tenha paciência, tudo que é meu é teu. Eu não posso fazer festa para os outros. O que você precisou, o que você mais precisa, eu já dei.
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Quando você vai mergulhar, mergulhar fundo mesmo, assim eu encerro, você vai ver que a parábola não é sobre o filho mais novo, não é sobre o filho mais velho, não é sobre o pai. O personagem principal dessa parábola nem está na parábola. Como assim? Veja o enredo. Jesus fala que uma ovelha saiu e o pastor foi atrás dela. Voltou e deu uma festa. Ele fala que uma moeda se perdeu e uma mulher foi atrás dela.
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quando achou, deu uma festa. Quando Jesus está contando a terceira parábola, ele fala que o filho foi. Qualquer um que está ouvindo está falando, é lógico que o filho mais velho vai atrás dele, ele vai honrar o pai. Quando ele não vai, fica faltando um espaço nesse roteiro. Porque na verdade Jesus sabia quem ia sair do seu palácio real, e iria para o Macruz, para que outros pudessem sentar na mesa de Deus e ser chamados de filhos.
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Jesus é o verdadeiro irmão mais velho. Jesus já saiu. Ele trouxe eu e você para a mesa. E essa mesa não é nossa. A gente não é nenhum mais velho. Essa mesa não é nossa. Mas por causa de Jesus hoje tem espaço para você na mesa do Pai. E viva o céu hoje. Hoje. Basta sua cabeça. Basta sua cabeça e tenha esse momento de gratidão.
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Porque hoje você pode sentar na mesa porque o filho mais velho, o verdadeiro Jesus Cristo saiu e deu o seu lugar para você. E você pode experimentar isso. Pai querido, em nome de Jesus.
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Obrigado, Senhor. Obrigado por tanto amor. Nos perdoa por sermos religiosos. Nos perdoa por pensarmos em nós mesmos, arrogantes, Senhor, orgulhosos, cheios de iras, prontos para julgar. Obrigado porque o Senhor é amoroso incondicionalmente. Se Deus pródigo, Senhor, louvado seja o Teu nome por toda a eternidade. Amém.
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Podemos tentar, bom dia Simval, bom dia Marcos, bom dia Gus, bom dia quem eu ainda não tinha dado bom dia, muito bom estarmos juntos aqui. Nós temos vários recados aqui, mas antes a gente quer fazer uma coisa mais importante do que dar recados, é conhecer quem está nos visitando pela primeira vez. Se você está aqui pela primeira vez é uma alegria ter você e a gente queria conhecer, mas eu sei que às vezes é chato levantar a mão, não precisa falar o nome e nada,
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bombom para demonstrar nossa alegria por você ter vindo. Então se você está a primeira vez e quer ganhar um bombom, não custa nada, dá um sinalzinho com a mão. Tem alguém pela primeira vez aí? Fica com a mão levantada até chegar um bombom, porque daí chega. Eu vi os seus amigos aí cutucando você, não te deu nem liberdade de não querer um bombom. Mas tudo bem, tem mais gente ali, aí em cima também, vai chegar um bombom até você. Se não chegou, fica com a mão assim, se não não chega, o pessoal não viu, às vezes.
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É um bombomzinho para você se identificar, para você se sentir bem-vindo, e a gente ora para que, se você por acaso estiver procurando uma igreja, que você aqui se sinta em casa. Essa é a nossa oração. Hoje estamos começando uma nova série de pregações e geralmente a gente começa junto com os pequenos grupos para vocês também, durante a semana, começarem nos seus encontros
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que a gente vai levar. E hoje a gente começa essa nova série chamada Parece, mas não é, surpreendidos pelas parábolas de Jesus. Jesus, ele…
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teve no seu ministério três anos e ele decidiu falar a mensagem mais importante da história da humanidade em parábolas, grandes parábolas, tem muitas parábolas, muitas histórias. Então vale a pena a gente, só por causa disso, gastar um bom tempo meditando nesse estilo de linguagem diferenciado, porque a gente pensa que a parábola é uma historinha para criança, porque como a gente sempre ouvi histórias quando era criança, a gente
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A parábola está em outra categoria, que são histórias codificadas, histórias onde ela te convida a meditar, e cada vez que você medita, cada vez que você ouve mais uma vez essa parábola, essa história, ela vai trazendo algo profundo da revelação de Deus, que só aqueles que decidirem com humildade seguir e ouvir Jesus vão poder desfrutar dessas histórias.
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dois meses, a gente vai estudar as parábolas de Jesus e tentar entender com mais profundidade histórias que popularmente já ouvimos várias vezes, mas que agora nosso objetivo é mergulhar. E parece mais uma época exatamente isso. Jesus geralmente vai levando a gente no enredo dessas parábolas para um lugar que, no final, o que os roteiristas chamam de plot twist.
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e aí no finalzinho do filme você percebe que estavam um tempo todo mortos e aí você fala, eles estavam mortos, eu dei spoiler, mas você não sabe qual o filme, então você não sabe o que eu quero. E aí no final você fala assim, vou ter que assistir de novo. E aí é exatamente esse sentimento que você tem na parábola de Jesus. Depois que você entende a virada, você fala assim, tenho que ler de novo essa parábola. É isso que a gente vai refletir. E eu decidi começar com a parábola mais famosa,
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a parábola das parábolas, uma parábola que, quando Jesus contou, até hoje ela é talvez a mais conhecida, porque ela é quase cinematográfica. Você consegue tocar nas cenas. As cenas são muito bonitas, ver o filho voltando, o pai abraçando, você vê essa história sendo recontada. Os músicos gostam de cantar sobre ela, compor sobre ela. Ela é a parábola do filho pródigo. E essa parábola é muito parecida, mas não é.
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porque ela contém várias outras parábolas, ela é muito chave. Então você tem as outras parábolas, como o filho que fala sim, depois não faz, o filho que fala não, mas depois faz. Você tem as parábolas do banquete que está aqui dentro, de alguém amoroso, generoso, que decide dar mais do que deveria. Você tem ali do servo querendo trabalhar para o seu senhor e não conseguindo fazer o básico.
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ali dentro dessa parábola ela contém quase todas as parábolas porque ela é muito completa é uma das maiores eu acredito que a gente abrir e eu fui muito tentado a jogar essa parábola para semana que vem que é dia dos pais porque assim dia dos pais falar sobre o parábola filho está quase que na cara do gol mas a gente já está se preparando agora para o dia dos pais e entendendo um pouquinho mais sobre essa parábola então eu queria convidar você para abrir em lucas 15 esse essa parábola é material exclusivo
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Lucas 15, versículos 11 a 32. Vamos ler? É na NVT, diz assim, a palavra do Senhor. Jesus continuou. Um homem tinha dois filhos. O filho mais jovem disse ao pai, quero a minha parte da herança. E o pai dividiu seus bens entre os filhos. Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante.
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onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada. Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra e ele começou a passar necessidade.
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convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma. Quando finalmente caiu em si, disse, até os empregados de meu pai têm comida de sobra e eu estou aqui, morrendo de fome.
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pequei contra o céu e contra o Senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como um empregado.” Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão correu para o filho, o abraçou e o beijou. O filho disse,
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O pai, no entanto, disse aos servos, de pressa, tragam a melhor roupa da casa e vistam nele, coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés, matem o novilho gordo, faremos um banquete e celebraremos, pois o meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado, e começaram a festejar. Enquanto isso, o filho mais velho trabalhava no campo. Na volta para casa,
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ouviu música e dança e perguntou a um dos servos que estava acontecendo. O servo respondeu, seu irmão voltou, seu pai matou um novilho gordo, pois ele voltou são e salvo. O irmão mais velho se irou e não quis entrar. O pai saiu e insistiu com o filho, mas ele respondeu, todos esses anos tenho trabalhado como um escravo para o Senhor e nunca me recusei a obedecer às suas horas.
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e o Senhor nunca me deu nem mesmo um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando esse seu filho volta, depois de desperdiçar o dinheiro com prostitutas, o Senhor comemora matando o novilho. O pai respondeu, Meu filho, você está sempre comigo e tudo que eu tenho é seu. Mas tínhamos que comemorar esse dia feliz, pois seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado.
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Que Deus ilumine a sua palavra. Um bom jeito de se interpretar as parábolas é entender o que causou, qual foi a situação que fez Jesus contá-las. E geralmente o livro traz antes. Quando você vai para os dois primeiros versículos…
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do capítulo 15 de Lucas, você vai entender porque Jesus conta essa parábola e é fundamental você entender para você entender a parábola. Diz assim os dois primeiros versículos. Todos os publicanos e pecadores estavam se reunindo para ouvi-lo, mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam. Este homem recebe pecadores e come com eles.
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o dia que eles tinham uma festa ali, que eles tinham uma mesa mais caprichada, comemorar o Shabá, né, os judeus faziam isso, e esse sábado especial Jesus convida os pecadores ali, os tamaritanos, as prostitutas, os publicanos, pessoas que eram odiadas pelos religiosos e decidem celebrar. E aí chegam os religiosos, os mestres da lei, provavelmente ali de Jerusalém,
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com Jesus. E eles chegam, quando eles chegam para ter esse sábado com Jesus, para questioná-lo, para ouvir ele também, eles chegam e falam, o que é isso? Primeiro que nossos lugares estão tomados aqui. E segundo, que tipo de gente é essa que Jesus senta? Que tipo de gente é essa que Jesus celebra ali, senta e come com eles? E eles começam a criticar. E Jesus, vendo isso, decide contar uma parábola. Na verdade, ele conta três parábolas. Ele
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da dráquima perdida, que é uma moeda perdida, e do filho pródigo. Essas três a gente vai falar em outra outra situação, das duas primeiras, mas é importante você entender essa sequência, porque todas estão no mesmo contexto e todas estão muito amarradas. E, geralmente, quando a gente chega na parábola do filho pródigo, parece, mas não é. Porque, para começar, ela dá o nome de filho pródigo.
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A parábola é de dois filhos, mas a gente geralmente fica no primeiro, porque o enredo do primeiro é muito simbólico com todos. Quem nunca, mesmo que cresceu na igreja, uma hora não foi para o mundão, bebeu, gastou dinheiro… Ou quis ir, pelo menos na mente foi. E uma hora volta, a gente chama isso no meio evangélico. Me desviei naquela época. Ainda houve de alguém da igreja. Ah, um bom filho, a casa torna. Aí volta.
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Realmente é uma experiência muito marcante, porque quando você volta, você se arrepende, cai em si. O começo dessa parábola é muito o enredo de nós. E por isso que a gente dá esse foco, legitimamente, e fala isso aqui conta a minha história, então eu vou falar do filho pródigo. Só que a história não foi contada por causa do filho mais novo. Ele está apontando para o filho mais velho. Parece que a história é do filho mais novo.
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Mas, na verdade, ela vai apontando para você continuar lendo. A história é longa para você continuar lendo. E essa história parece que é uma invenção de Jesus, mas o primeiro ouvinte que estava ali estava entendendo claramente que essa história se tratava de histórias que eles cansaram de ouvir na infância, que são as histórias de Gênesis. Se você reparar…
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você vai ver que a história do filho pródigo é exatamente todas as histórias dos patriarcas em Gênesis. Todas as histórias dos patriarcas em Gênesis é um pai que tem dois filhos.
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Você vai ver Adão tendo dois filhos, Caim e Abel. Você vai ver Abraão tendo dois filhos, Ismael e Isaac. Isaac tendo dois filhos, Isao e Jacó. E assim, até o resto da Bíblia, você vai ver esses dois filhos. Outra coisa que você vai ver é que sempre na tradição judaica você dá a herança.
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a bênção para o mais velho. Mas, em todas as histórias de Gênesis, o mais novo é que fica com a herança. Então, você vai ver essa história também sendo repetida. Você vai ver que nas ofertas que Caim e Abel deram, Deus aceitou a Diabel II, e aí Caim vai se revoltar contra Abel. Você vai ver dos dois filhos, a bênção é dada, o filho da promessa é considerado Isaac. E quando Isaac nasce, tanto Ismael como a sua mãe,
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e ficam com ele, vão atrás dele. E, também, quando Jacó nasce e consegue a herança de formas bem estranhas, você vê Isaú indo atrás dele para matar ele, e ele foge. Então, uma briga entre irmãos, irmãos-ciumes do filho mais novo, o mais novo recebendo a bênção. E a herança é essa história de Gênesis.
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Então, às vezes, você está… Gente, eu não tinha pensado… Mas o primeiro ouvinte sabia, porque ele cresceu ouvindo essas histórias, e ele falou, tá bom, eu já entendi, Jesus, você está contando a história de Israel. E é exatamente essa a parábola. A parábola é sobre a história do povo de Deus, a história de Israel, e como ela acontece. Só fala. Não, isso é interessante, porque aí ele está olhando a história e está falando, é comigo, eu sei, eu sou privilégio. Eu sou privilegiado, eu não tinha direito, mas Deus escolheu quem somos nós,
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e estou eu aqui e agora eu usufru disso, então não sei, Jesus, eu já sei para onde você vai. É, e até então os religiosos estão legais na história, porque assim, primeira história o pastor vai atrás das ovelhas, então eles pensam assim, é igual Israel que foi para o exílio e o pastor, Deus, trouxe de volta. Segunda história é a moeda que foi perdida, é igual nosso Deus que essa mulher que vai atrás… E nas três histórias tem festa.
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Então sempre tem festa. E aí, quando chega nessa terceira, ah, o filho foi mais velho. Quando chega no filho mais velho…
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é um pouco diferente, porque, diferente de Gênesis, agora Jesus inverte e ele coloca. Porque sempre o povo escolhido é o filho mais novo que é eleito para a bênção. Mas Jesus está colocando os religiosos como o irmão que implica com que está recebendo a bênção. Então, um religioso e o mestre dali estão entendendo o que Jesus está fazendo. Você é Caim.
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Você é Ismael, você é Isaú, vocês estão implicando igual os outros de fora, e aquilo incomoda demais. E se não incomodar o nosso coração, ou essa manhã, a gente não está entendendo a história. Porque esse é o ponto, aonde você se coloca na história, se você ficar querendo se colocar sempre como filho mais novo, você não está entendendo o peso da história. Porque tudo bem colocar às vezes o mais novo, mas você tem que entender todas as coisas. Quanto de mais velho eu tenho, né?
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A pergunta dessa manhã é quanto de mais velho nós temos e somos. E é exatamente isso. E quando a gente vai ver o diálogo do filho mais velho, a gente vai perceber que no versículo 28 e 30 você vai ver essa arrogância dos religiosos fazem eles terem um desprezo pelos pecadores. E olha que interessante. Então na parábola o mais novo são os pecadores que estão comendo com Jesus, os mais velhos são os religiosos criticando os dois filhos.
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e você tem a festa. E olha o que o filho mais velho fala. O filho mais velho encheu-se de ira, 28, 30, agora, quando volta para casa este teu filho que esbanjou os teus bens com as prostitutas, mata um novilho gordo para ele. Olha que interessante.
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você vê na fala do mais velho uma raiva. Ele nem chama o meu irmão, volta para casa. Quando a gente briga com os nossos irmãos, é sempre o filho da mãe, o teu filho fez isso. Quem tem irmão sabe disso. Na briga é o teu filho, não é o meu irmão. Às vezes, no casal, quando o filho está fazendo isso, não é nosso não? Você sempre pensa que o seu filho vem com prostituto. Nem tinha isso na história no começo, mas ele vai colocando ali, você mata,
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E o raio fala que ele se encheu de ira. O que Jesus está trazendo é que essa religiosidade, ou os religiosos, no fundo, no fundo, eles acham que ele não precisa da graça de Deus. Eles estão salvos porque eles tomaram vergonha na cara. E é isso a coisa forte. É quase assim. Eu só sou salvo…
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porque eu decidi uma hora na minha vida, caiu isso e eu falei, agora eu vou tomar atitudes. E é lógico que a gente tem essa perspectiva na nossa vida de tomar atitudes, mas…
17:38
Essa percepção religiosa vai levar a esse extremo de pessoas não quererem sentar na mesa porque acham que eu sou melhor que os outros. E isso é tão claro aqui, porque eu sempre digo que é a teologia do Zagallo. Você lembra que o Zagallo estava para ser demitido da seleção brasileira como técnico? E ele falava assim, vocês vão até que me engolir quando ele ganhou um jogo. E eu acho que é isso. O religioso vive uma vida tão certinha, faz tudo, dá dízimo,
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e sempre tem um missionário para ajudar, ele não fala palavrão, ele não vai na balada, ele não toma cerveja, ele tem tantas coisas ali, ele está ali tudo o que ele fala. Senhor, graças a te dou pela salvação, mas você vai ter que me engolir, porque eu aqui estou vivendo num padrão que está difícil. Você lembrou da outra parábola, que eu não sou obrigado porque não sou como ele. É, porque eu não sou igual a ele. Quando eu falo que as parábolas estão todas aqui, é mais ou menos isso.
18:38
O que é que tem sentido? Ó, senhor, esse… Eu, eu tô aqui o tempo todo, mas vem esse teu filho e você perdoa? No fundo, no fundo, essa religiosidade, ela é o pecado que nos fez cair.
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é de a gente achar que a gente é Senhor e Salvador da nossa própria vida. Esse é o pecado de Adão. Esse é o pecado que sempre nos afastou de Deus. É olhar tudo o que é bom aos nossos próprios olhos e a gente é que tem o controle da nossa vida. Nós não precisamos nem de Jesus na cruz, porque, no final das contas, eu preciso de Jesus só para me emocionar. É realmente, foi grave. Então, eu vou agora tomar a decisão. Então, quando você está aqui de manhã e tem gente no barás, aí são vagabundos. Se tivesse vergonha, estaria aqui.
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sofrendo igual eu. Poderia estar dormindo até mais tarde, mas estou aqui suportando esse culto. E é esse tipo de linguajar ou esse tipo de atitude que está lá dentro que Jesus está deixando escancarado aqui. Esse final dessa parábola é um final que vai incomodando todo mundo ali, dos religiosos, dos mestres da lei, e eles vão assim, o que é isso? Não é bem assim, é assim. E precisa.
19:54
Gente, a religiosidade é de quem nasceu em berço cristão. Todo mundo tem.
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Mas se você teve o privilégio de crescer num verso cristão, onde os seus pais te ensinaram o caminho do Senhor, esse é o privilégio. É bom, que nem eu, eu sou filho de pastor, então eu sou religioso por excelência. Porque eu sou filho de cristão de pastor. E aí, geralmente, pessoas como eu, que cresceu sempre na igreja, eu não tenho essa tentação de voltar a fumar. Eu queria fumar, eu queria beber até cair, eu queria transar demais, isso talvez…
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Eu queria sair com os prostitutas, não sei o quê, não. Essa não é a minha tentação. Calma, gente, eu fiz a piada, mas eu sabia que vocês iam gostar. Essa não é a minha tentação, seu profano. Sabe qual que é a minha tentação? Ah, é julgar. Eu adoro ver um erro no outro. Eu adoro excluir alguém. Ah, pecou, não vai tomar ceia.
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Eu adoro acusar um pastor auxiliar de vir de bermuda. Eu gosto dessas coisas, eu gosto de apontar as coisas. E essa é uma coisa que vem dentro de mim. Então, quando eu não vigio, quando eu percebo, eu estou, de novo, longe do Evangelho, apontando o dedo, acusando. Fala, não, eu sou salvo, mas eu não sou tão tranqueira. Não, isso é demais, Jesus, você está chamando esse tipo de gente para a vila? Não, não, não, não. A vila tem que ser gente crente séria.
21:26
Eu estou brincando, deixa eu agora tocar o lado triste disso. Quem é crente velho viu a instituição religiosa disciplinar pessoas em nome da denominação? O que vão pensar da nossa igreja?
21:46
Então, vamos afastar essa pessoa. Essa pessoa não pode entrar na casa, não pode ser aceita enquanto não sofre fora. Porque se é pecado, não, a gente tem que disciplinar, expor a vergonha. E isso é o que leva. Então, prestem atenção. E uma coisa muito importante para vocês entenderem. A religiosidade não tem a ver com credo. Então, você pode ter um religioso fundamentalista, moralista, mas você pode ter um religioso mente abertona.
22:16
progressista, liberal, pode ser, porque o negócio não está no credo, está na confiança em si mesmo em alguma coisa sem ser de Deus, como um mecanismo de salvação.
22:31
Para mim, a história é mais desse lado. Flávia compartilhou um pouco no primeiro culto, você compartilhando a experiência. Mas eu venho de um contexto não religioso. A minha experiência é o contrário disso. Talvez eu teria muito mais facilidade para alguma coisa, porque o meu julgamento não é geralmente moralista. O meu piloto automático não vai dizer, mas olha isso aí que perdido. Mas, às vezes, vai vir um orgulho de…
23:01
não entendeu direito Jesus, eu entendi.
23:05
Ah, essas pessoas aí… Um dia, se ele ler essa Bíblia de verdade, ele irá saber que não é isso. E aí, onde era para eu ter mais amor, eu tenho arrogância. Por isso que eu acho legal esse ponto mesmo da parábola, que é essa viradinha. Talvez você não vá se identificar com determinado aspecto de alguém que se garante por uma questão moral, mas, às vezes, eu tenho a mente aberta, por exemplo. Isso pode ser um ponto de dizer assim.
23:35
E, na verdade, eu estou me achando superior àquele que não é também. E, às vezes, Jesus está chamando gente que vem do contexto de ser um religioso de carteirinha, outro que é o contrário disso. E se eu estou desprezando algum deles e dizer, não, esse tipo de gente eu já nem chego perto. Então tem alguma coisa comigo aí que Jesus está apontando. Gustavo.
23:59
Por que você está achando que é superior nisso? Por que você está achando que entendeu melhor a Bíblia do que o outro? Numa posição de desprezar o outro ao invés de servir, e amar o outro e andar caminhar com ele. Eu cresci também em igreja, no ambiente também, com todos os cacuetes religiosos. E aí a gente vai caminhando, entende que vai amadurecendo. Eu pensei, mas agora eu já sou a desconstruída, agora eu já não tenho mais
24:29
Agora eu já olho para as pessoas e como Deus se manifesta na vida de cada pessoa, a história de cada pessoa com Deus, eu não tenho tantos julgamentos. Mas eu acho que é… é triste, mas é isso. Eu acho que cai num piloto automático, eu caio num piloto automático, muitas vezes, de julgar. De julgar, a pessoa está vendo isso porque fez aquilo, porque Deus também devia ter buscado a Deus.
24:59
já refleti sobre isso, que eu não preciso revisitar isso diante do Senhor aos pés da cruz muitas e muitas vezes, porque a minha tendência é ser religiosa, é ser moralista, apesar de ter refletido sobre isso. E uma coisa também que para mim pega muito é essa relação com Deus patrão. Então, não é uma competição. Eu brinquei no primeiro culto
25:29
Quando ele fala assim, ah, esse é o seu filho, tal. E quando a gente é criança e está brigando com o irmão, a gente fala, ah, mas e ele, então? Não vai chamar a atenção dele? E ele? Ele também fez, ele também quebrou. E eu acho que é um jeito infantilizado nosso também, ainda na nossa fé, de se comparar com as outras pessoas, com o que Deus está fazendo na vida das outras pessoas. E eu tenho algo que talvez eu não me compare com outro. Eu não compare o que Deus está fazendo.
25:58
com outro, mas eu comparo com que, olha, Deus, eu podia estar lá fora no bar, mas eu estou aqui. Eu estou me esforçando. Então, para mim, acho que é uma agenda muito forte essa questão do esforço. Eu sou alguém esforçada. Eu fiz por me merecer. Eu sou a menininha que se comportou, fez tudo certo e decorou versículos. Jesus me honre. E falando assim parece tão forçado.
26:28
aqui eu trabalho como escravo para o senhor e o senhor nunca me chamou para uma festa nem com cabrito e aí eu vejo assim hoje eu acho que meu coração tá um pouco duro nesse daqui então a gente viu aqui a primeira característica importante da parábola é sair e a bíblia fala exatamente sair que o religioso tem pelo não religioso
26:57
pelo profano. A gente vê isso no nosso país, né? A gente vira e mexe e elege uma categoria de pessoas para odiar. Os evangélicos estão nessa, a gente está nessa.
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A gente gosta de odiar. Isso só expõe o nosso coração. A gente ainda dá desculpa, não, eu odeio o pecado, não é você. Mas a gente sabe que a gente, na verdade, está odiando, é o filho mais novo. Isso está sendo exposto no nosso coração. Mas a gente bateu forte no religioso, né? Mas agora eu quero também trazer o outro lado do sofrimento do religioso. O religioso, ele está sofrendo no seguinte sentido. Ele está perdendo o melhor da festa, literalmente.
27:38
porque ele não entra na festa. Ele não entra na festa. E isso é algo muito… Não precisa ser um professor de hemea nêutica, ou um teólogo, para saber os símbolos dessa parábola. O pai é Deus, o filho mais novo é os pecadores, o mais velho é os religiosos, e a festa representa o quê, gente?
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A festa representa o que? Você sabe o que a festa representa? A festa representa o céu, a festa representa a presença do Pai de Deus, a festa representa desfrutar de tudo, entrar de volta no Éden, a festa representa todo o nosso objetivo dessa jornada ali, ou pelo menos o desfrutar do objetivo que está com Deus, é desfrutar da presença de Deus. E ainda que não fosse, assim, é a presença de Deus, é a vida com Deus,
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Na roça, chegando cansado, com música e dança, cheiro de churrasco. Gente, é isso. Fala que ele estava vindo de um dia de trabalho e tem uma palheta de cordeiro ali na… é maravilhoso. Tem que estar com muita raiva para não entrar. Tem o boi ali lindo, o churrasco. Eu vou comer e depois eu brigo com meu irmão.
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E ele fala o seguinte, versículo 28 e 29, ele não quis entrar, o filho mais velho, e aí ele fala, mas ele respondeu ao seu pai, olha, todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci as tuas ordens, mas tu nunca me deste nenhum cabrito.
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para eu festejar com os meus amigos. Ele nem se quer falar boi gordo, ele fala um cabritinho. Um cabritinho. Ele não entra na festa. E ele está reclamando de, você podia ter dado para os meus amigos, eu trabalho como escravo. Tem alguma coisa errada nessa fala aqui dele? Não sei se você percebe, ele está falando com o pai dele. Revela algo, né? Revela algo. Porque quando você é o filho mais novo, é o que foi para o mundão?
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Está claro o seu pecado, é externo o seu pecado. Até quem está pecando sabe que está desviado. Quando eu falo com gente que não está mais na igreja, o pastor está meio desviado, mas eu ainda vou voltar e falo, amém, amém. É muito ilegal, eles ficam constrangidos de falar com o pastor. Aí eles falam assim, estou meio desviado, mas a gente vai voltar. Eu falo, tá bom, que bom. Porque a pessoa está exposta, todo mundo está vendo. Só que o religioso está morto, mas é uma doença lá dentro que ele não está vendo. E aí o pai vai trazer a tona, aquela sujeira que está lá embaixo,
30:27
e ele vai mostrando, é como se o pai fosse ali e falasse Ah, mas filho, o que está acontecendo? E uma hora ele tem essa fala, fala, olha, eu trabalho como um escravo para você. Você nunca me deu nem um cabritinho para os meus amigos. Quando você vai meditar nisso, você vai ver que o filho mais velho é igualzinho ao filho mais novo. Os dois não querem o pai, querem a herança, o que o pai pode dar. Nenhum dos dois está afim de relacionar com o pai.
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Só que um faz obedecendo certinho até o dia que o pai morrer e tudo vai ser dele. E o outro pegou e falou, sabe de uma coisa, eu vou fazer do meu jeito. Mas os dois estão interessados no cabrito. Os dois estão trabalhando como escravos. Cara, para o seu pai você trabalha como escravo? Nunca desobedeceu uma ordem. Então, assim, essa exposição de alguém que está ali e que não está experimentando
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O pai, o pai amoroso, desfrutar do pai, porque o religioso é assim, o religioso ele quer adiar a festa o máximo possível. Por isso que a gente tem essa visão de que o céu é só quando morrer. Não, sofra agora, tenha o ruim agora, aí no céu vai ter festa. Porque não percebe que a festa já começou.
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Deus não te chama para um dia você celebrar a presença dEle, a festa do céu. O céu é aqui, para quem anda com Jesus. Céu é onde Deus está, e Deus está entre nós.
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E aqui já começou o céu. Só que ele não quer esse céu. Essa é a grande confronta aqui. Eu não quero o céu que tem meu irmão, que é mais pecador que eu. E tem uma coisa também nisso, Marcos, que é, às vezes, falar… Não necessariamente você está interessado no cabrito, mas olha só, vê se isso te pega. Às vezes, o que eu queria era uma validação do meu pai.
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de uma figura de autoridade, de alguém que poderia olhar e dizer assim… Mínimo de reconhecimento. Assim, esse é o meu trabalho, a minha profissão. Eu só queria que alguém batesse nas minhas costas e falasse, caramba, olha que pessoa maravilhosa que você é. Então, parece que é isso que ele está falando também. Uma das coisas que ele está falando ali é isso. Uma das coisas que o irmão mais velho também não percebeu. Ele está jogando isso.
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Pra esse daí, você vai dar… quer dizer, eu que tô aqui, obedecendo, às vezes tava até, poxa, interessado, mas como se fosse pelo amor de Deus, me dá um cabrito dizendo assim, bom trabalho, filho. E às vezes a gente tá na religiosidade assim. Um dia Deus vai me reconhecer. Um dia Deus vai reconhecer o meu esforço. Um dia Deus vai dar aquilo que eu realmente mereço. E eu não tô vendo o que Ele já deu na cruz.
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tudo que eu precisava para que eu pudesse.
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Eu não estou conseguindo saborear isso, não estou conseguindo dizer, caramba, Deus já me deu o que eu precisava. O que é um cabrito perto disso? Tem uma festa para a qual eu estou sendo convidado que fala muito sobre esse meu pai, de como ele é, de como ele me trata, de como ele trata meu irmão. Ele lembra muito meu pai, esse pai aí, porque meu pai gosta de inventar motivos para dar festa, para celebração.
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Meu pai é daqueles caras que falam assim, vamos celebrar, mas o que? Não, vamos celebrar, celebrar, o Brasil saiu da Copa feminina, vamos celebrar. Fala assim, qualquer coisa celebra, vamos celebrar alguma coisa, ele vai buscando. E esse é um pai que está mostrando motivos para celebrar. E ele está, assim, trazendo sobre a celebração. E, só que quando a gente chega, e isso é uma coisa da literatura judaica, muito interessante, eles têm um recurso de não acabar algumas histórias.
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por querer. Então quando você vai ler Jonas, não acaba a história. Jonas do nada para. Quando você vai ler Atus, não acaba a história. E essa é uma das histórias que usa esse recurso. Está ali no final, você imagina ouvindo a história, aí o pai vai lá fora e ele vai falar com o filho, falando tudo que é meu é seu, e aí acabou a parada. O que aconteceu?
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Ele entrou de volta na festa? Ele não entrou? O que aconteceu? Fugiu para a mesma cidade que o irmão tinha ido? Fugiu para a mesma cidade. Então me dá a minha parte que eu quero viver essa vida. O que ele fez? E esse recurso, geralmente, quando ele está na Bíblia, é para dizer… Quem é mais velho? Agora eu vou falar com os velhos aqui. Na Globo, na década de 90, tinha um programa chamado Você Decide. Se você é mais novo, fica de fora dessa parte.
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que a mãe não deixava ligar. Não tinha internet. Tinha que pagar para ligar. Tinha que pagar, absurdo. E aí, filma a historinha lá. E aí, chegava na historinha, você ficava ligando qual que fica ou não fica com essa pessoa. E aí você vai lá, liga para o número e eles gravavam dois finais.
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E aí você… porque a frase é assim, porque aqui você decide, aí os velhos aí, ó, você decide. Pra eu que sou mais novo, Marcos, seria aquele negócio na Netflix, sabe, quando é interativo? É isso, é isso, é isso. Tô falando pra minha galera aqui, né? É. E aí, e na verdade essas histórias que não acabam é pra… é como assim a Bíblia dizendo, desde Jonas, Atos, agora é com você. Você pode ter esses dois finais.
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Você tem esses dois finais, mas a história não pode acabar porque você vai decidir qual é o final na sua vida, porque você é o religioso. Você é Jonas. Você é o que está expandindo o Evangelho em atos. Então, essa aqui é… qual é o final?
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Qual é o final? Você vai entrar na festa? Porque você está perdendo a oportunidade de experimentar a festa. E é interessante que quanto mais você mergulha na parábola, mais você vai descobrindo. Primeiro você descobre que a parábola não é sobre o filho mais novo, é sobre o filho mais velho. Mas aí, a gente meditando aqui, a gente percebe que a parábola não é sobre o filho mais velho, é sobre um pai amoroso. Tim Keller escreve no seu livro que pródigo é o desperdiçador, o gastador.
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E ele fala assim, essa é a parábola do pai pródigo, ou seja, é o pai que desperdiça amor, é o pai que ama. Se você reparar, quando o filho mais novo está voltando, o pai sai correndo em direção ao filho para buscá-lo lá fora.
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Tem uma coisa cultural que não é fácil entender aqui, é que um patriarca nunca corre. Quem corre são os escravos. O patriarca fica parado mandando e os escravos, que não tem dinheiro nem para comprar uma sandália, eles correm. O que esse pai faz? Ele se humilha, ele sai da sua postura por amor para correr em direção ao filho. E o filho falando, eu vou pedir para ser um escravo do meu pai e ele traz a sandália.
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E quando ele está naquela festa maravilhosa, celebração, o filho voltou, ele pensou que estava morto, viveu. Ele ouve de um, talvez de um servo, dizendo, o seu filho mais velho voltou, chegou, dá o trabalho. Fala para ele entrar, tem um lugar especial aqui para ele. E aí o servo falou que não vai entrar, ele não entra enquanto esse seu outro filho estiver aqui. E o que o pai faz?
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sai correndo em direção ao mais velho. Esse é o pai que ama religiosos e não religiosos. Esse é o pai que ama incondicionalmente. Esse é o pai que desperdiça amor. Que ama.
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e simplesmente ama. E às vezes a gente confronta na cara dele, pô, Senhor, você prometeu que ia cuidar de mim? Por que que eu estou com essa doença? Por que que eu perdi o emprego? Por que que aconteceu isso com a minha família? Por que? E o pai está lá, eu amo, tudo que é meu é teu. Tenha paciência, tudo que é meu é teu. Eu não posso fazer festa para os outros. O que você precisou, o que você mais precisa, eu já dei.
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Quando você vai mergulhar, mergulhar fundo mesmo, assim eu encerro, você vai ver que a parábola não é sobre o filho mais novo, não é sobre o filho mais velho, não é sobre o pai. O personagem principal dessa parábola nem está na parábola. Como assim? Veja o enredo. Jesus fala que uma ovelha saiu e o pastor foi atrás dela. Voltou e deu uma festa. Ele fala que uma moeda se perdeu e uma mulher foi atrás dela.
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quando achou, deu uma festa. Quando Jesus está contando a terceira parábola, ele fala que o filho foi. Qualquer um que está ouvindo está falando, é lógico que o filho mais velho vai atrás dele, ele vai honrar o pai. Quando ele não vai, fica faltando um espaço nesse roteiro. Porque na verdade Jesus sabia quem ia sair do seu palácio real, e iria para o Macruz, para que outros pudessem sentar na mesa de Deus e ser chamados de filhos.
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Jesus é o verdadeiro irmão mais velho. Jesus já saiu. Ele trouxe eu e você para a mesa. E essa mesa não é nossa. A gente não é nenhum mais velho. Essa mesa não é nossa. Mas por causa de Jesus hoje tem espaço para você na mesa do Pai. E viva o céu hoje. Hoje. Basta sua cabeça. Basta sua cabeça e tenha esse momento de gratidão.
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Porque hoje você pode sentar na mesa porque o filho mais velho, o verdadeiro Jesus Cristo saiu e deu o seu lugar para você. E você pode experimentar isso. Pai querido, em nome de Jesus.
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Obrigado, Senhor. Obrigado por tanto amor. Nos perdoa por sermos religiosos. Nos perdoa por pensarmos em nós mesmos, arrogantes, Senhor, orgulhosos, cheios de iras, prontos para julgar. Obrigado porque o Senhor é amoroso incondicionalmente. Se Deus pródigo, Senhor, louvado seja o Teu nome por toda a eternidade. Amém.