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18 Comments

  • Bem, companheiros de trilhas pelo livro de Marcos. Fico feliz de chegar finalmente aqui. Pelo jeito vcs já estão no segundo capítulo. Eu ainda fiquei agarrada no primeiro, nos quatro primeiros versos, que fazem menção ao ministério profético de João Batista. O texto bíblico referencia a profecia de Isaías, no capítulo 40. Vale a pena gastar um tempo transitando por esse capítulo, com o qual me identifico muito. Assim, meio espelho na caminhada com Jesus, um mote mesmo.
    Marcos apresenta o ministério de João Batista como de preparação para que o Senhor pudesse passar a seguir. E esse ministério de preparação era um serviço de nivelamento. Sabe quando uma rua vai ser calçada? É preciso um nivelamento por onde se assentem os possíveis calçamentos, por onde se possa transitar livre de obstáculos. Isaías 40 apresenta o relevo do “transitar humano” de 04 diferentes formas (vs.4). Todos os acidentes apontados precisam passar por nivelamentos. É preciso pensar em como está o nosso terreno, para que Cristo possa transitar livremente. A profecia joanina já tem desfeito acidentes para permitir a passagem do Mestre por nossas vidas? Há que se buscar o nivelamento a cada dia, embora às vezes doloroso. Mas como diz aquela música do Poeta, “ainda que a vida às vezes doa, contigo eu quero prosseguir…”
    Não tem limite de linha aqui, não?

  • Na Nova Bíblia Viva, o Evangelho de Marcos começa assim: “Aqui começa a boa notícia de Jesus Cristo, Filho de Deus.”
    Nada mais feliz para o início de uma narrativa que é mesmo transformadora, abre novos rumos, novos caminhos para aqueles que creem.
    Pra quem era essa boa notícia? A princípio pra todos, mas a história mostra que muitos não a reconheceram como uma boa notícia.
    No entanto, por isso veio o ministério de João Batista: para permitir que a notícia fosse boa para muitos.
    O que ele fez para que isso acontecesse? Pregou o batismo de arrependimento. Encaro o arrependimento pré-Jesus, pregado por João, como o reconhecimento da falência. Para receber o novo, é preciso abrir mão do velho. Jesus mesmo falou disso. Lembram daquela história do vinho novo em odres novos. Não falo aqui de práticas externas, falo do coração.
    É preciso se arrepender e abrir mão de nossas tentativas humanas de alcançar Deus, para poder receber a boa notícia que Ele nos envia a cada dia, de que o caminho até Ele já está traçado por Ele mesmo. Temos sido batizados no batismo de João? Estamos arrependidos de nossas tentativas?

  • Quero tecer algumas comparações entre o ministério de João Batista e Jesus, a parte o fato de que este era o Filho de Deus. Refiro-me a um aspecto apenas, no momento.
    João foi chamado para servir no deserto, batizando, pregando, completamente alheio às formas institucionais onde as pessoas supunham que Deus se manifestava.
    Já Jesus, embora acima de João, resolveu muitas vezes servir onde as instituições religiosas também estavam presentes. As sinagogas judaicas sempre foram palco da ação de Jesus e ele não se abstinha de cumprir os diversos preceitos da lei, a não ser quando esses preceitos se contrapunham ao amor.
    Quando pensamos na liberdade de Jesus e de João para servir, precisamos entender que isso não está vinculado a um lugar ou a ausência deste. Lugares se constituem historicamente e, enquanto tais, nos pertencem.
    Ser livre, espiritualmente falando, não significa abandonar lugares, necessariamente, a não ser que Deus tenha nos chamado a isso, como fez com João.
    Ser livre significa poder optar até pra estar onde as instituições humanas têm sufocado a manifestação de Deus, desde que isso não comprometa crenças fundamentais.
    Podemos estar em meio às instituições religiosas exatamente porque somos livres pra isso e ali servir ao Reino e à Igreja, apesar dos entraves eclesiásticos.
    Assim como existem com irmãos que entenderam de Deus um chamado para servir fora dos âmbitos institucionais e são tremendamente comprometidos com o Reino e a Igreja de Jesus.
    A questão fundamental é: onde Deus me colocou para servir? Tenho entendido de Deus a que fui chamado?

  • Quero falar de tempos de deserto. Todos enfrentam desertos, Jesus também. Em Marcos 1:12, há a breve narrativa, nem por isso menos significativa, de um tempo de deserto na vida do Mestre.
    É interessante notar que quem O conduz ao deserto é o próprio Espírito de Deus, contrariando especulações equivocadas que atribuem a Satanás tal façanha.
    O deserto tem dois aspectos importantes, entre outros que não me ocorrem agora. Primeiro, ele é tempo de solidão. Não se pode passar pelo deserto acompanhado. O máximo que pode acontecer é perceber ecos de solidariedade frente às duras passagens desérticas. Mas para atravessar desertos é necessário vislumbrar a solidão inerente a nós todos.
    Segundo, no deserto não há sinalizações a indicar o caminho. É no caminhar corajosamente que se descobrem passagens, mesmo correndo o risco de andar em círculos.
    Jesus enfrentou o deserto. Seu segredo: calçou os pés na Palavra de Deus.
    Ali, Ele não estava mais só, nem sem rumo. No deserto, sim, mas conduzido em triunfo, ministrado por anjos.

  • Marcos, tô tentando sair do primeiro capítulo, mas ainda não deu jeito. Sinto muito, querido.
    Fiquei pensando no porquê da boa aceitação da mensagem de João Batista. Os versos 7 e 8 me apontam uma convincente razão: sua mensagem estava centrada naquele que viria depois dele, Jesus. Na verdade isso tem a ver com a coerência e permanência de toda a Palavra de Deus: do Gênesis ao Apocalipse, a mensagem bíblica converge para Jesus. No dizer de Paulo: “Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas…”
    Em um dos outros evangelhos, João dizia que importava que ele diminuísse, para que Cristo aparecesse. Porque a resposta não estava no próprio João, mas naquele que ele anunciava, porque era o único que podia realmente dar de si mesmo para resgatar a humanidade perdida. Ele batiza com o Espírito Santo, Seu próprio Espírito, para capacitar homens e mulheres a serem tudo aquilo para o qual foram criados. Em nenhum outro há salvação. João queria convencer seus ouvintes dessa verdade. Mais do que isso, desejava que eles experimentassem esse encher-se do Espírito de Cristo. É preciso trazer Jesus para o centro, sempre, sempre, mais, mais, por toda a vida, incessantemente, até que Ele seja tudo em todos. Podemos pregar e viver isso?

  • Ainda no capítulo primeiro, me detenho nos versos 29 a 31. É o episódio da cura da sogra de Pedro. Esta se encontrava de cama e com febre. Chegando à casa de Pedro, Jesus ouve falar da situação dela e resolve intervir. E, como tudo que Jesus faz, esse momento foi um tempo especial, não porque usou de grandes artifícios, mas simplesmente porque se aproximou dela. Algumas versões usam uma expressão que me encanta: ele se colocou ao lado dela. Não acima, não distante, mas ao lado. Ele poderia ter repreendido simplesmente a febre, sem nem mesmo olhar para ela, mas teve a sensibilidade de perceber que a febre não era o problema daquela mulher. Ela precisava de alguém que se colocasse ao seu lado. E foi o que ele fez, lhe estendendo a mão para que se levantasse. Então, ela se levantou e aí a febre a deixou.
    Olha que generoso! Jesus soube enxergar aquela mulher e o que ela tão simplesmente precisava. O milagre aconteceu.
    O texto me faz lembrar também que Jesus não tinha um método, uma receita pra curar. O único procedimento comum a todos os Seus milagres era o fato de que estava permanentemente sensível à voz do Pai, ao mesmo tempo em que era sensível a quem se achegava a ele.
    Quanto precisamos, não, dessa dupla sensibilidade, para continuarmos a realizar as mesmas obras que o Mestre realizou, não é?

  • Marcos, estou me sentindo um tanto incomodada de usufruir desse espaço aqui, assim. Tem sido abençoador refletir sobre o Evangelho de Marcos, mesmo. Mas eu acreditava que esse espaço seria mais compartilhado. Estou me sentindo monopolizando esse pedaço. Será que não há formas da gente disseminar mais as reflexões, de tal maneira que novos olhares circulem por aqui? E o lugar se torne um ponto de diálogo ainda mais construtivo sobre os textos bíblicos?

  • Ainda tenho refletido sobre o primeiro capítulo, porque é de uma riqueza sem fim. Longe de querer esgotá-la, mas não tenho como desprezar aspectos tão importantes.
    Percebi uma marca ao longo desse capítulo, como se fosse um epíteto da narrativa, que me chama a atenção. A marca do deserto. Notei que ao longo do texto essa marca se faz presente quatro vezes. Então, pra ficar bonitinha minha reflexão, elegi os 4 Pró-deserto apontados ali:
    – Deserto é lugar de Proclamação: das boas novas, apregoadas por João e ratificadas por Jesus; de um serviço atestado pelos céus, a favor do reino de Deus (vs.1 a 11);
    – Deserto é lugar de Provação: da fidelidade; das crenças; do caráter; da fé em Deus e em Sua Palavra (vs.12 e 13);
    – Deserto é lugar de Provisão: da presença consoladora de Deus e de Suas direções para o caminho (vs 35 a 39); e finalmente, mas não esgotantemente…
    – Deserto é lugar de Proteção: das propostas que não se ajustam com os planos e tempos de Deus pra nós (vs.43 a 45).
    É preciso valorizar o deserto como lugar e tempo de intensa aprendizagem na caminhada de fé. Lembro do Salmo 84, um dos meus preferidos, que diz no vs. 6: “Como são felizes os que em Ti encontram força, e os que são peregrinos de coração! Ao passarem pelo vale de Baca (lágrimas, sequidão), fazem dele um lugar de fontes.”

  • Pra falar ainda um pouquinho do primeiro capítulo, não tive como pular a penúltima vivência de Jesus narrada ali. Diz respeito à cura de um leproso. Penso que há alguns aspectos a ponderar.
    Primeiro o fato de que aquele homem ao se aproximar de Jesus desejando ser curado, sabia, cria que ele era poderoso para fazê-lo. Mas uma dúvida pairava em seu coração: será que Jesus desejava curá-lo? Sua dúvida assentava-se não na crença no poder de Jesus, mas na sua bondade. Muitas vezes penso que é mais fácil crer no poder de Deus do que na sua bondade.
    Jesus poderia ter até ter se ofendido com aquela ponderação do leproso, mas antes, pelo contrário, seu coração se encheu de compaixão, porque, como homem, sabia o quanto a vida muitas vezes se apresenta negativa a nós, e que acreditar em coisas boas parece às vezes caminhar na contra-mão.
    Mas Jesus não só tem compaixão, ele estende a mão, toca a lepra, o indesejável, o discriminado, e afirma: “Quero. Seja purificado”. Afirma a boa vontade de Deus manifesta aos homens, a mesma boa vontade que, num outro evangelho, os anjos proclamaram ao nascimento de Jesus.
    Jesus inaugura um tempo especial de boa vontade de Deus para com os homens, a boa vontade que acolhe, toca, penetra a alma, olha nos olhos, estende a mão, se coloca junto, enxuga lágrimas, purifica, perdoa pecados e se manifesta de tantas outras maneiras que só Jesus sabe fazer em meio a homens e mulheres viventes num mundo de dor.
    “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor!” (Lc 2:14)
    Este é o nosso Natal!

  • Finalmente, chego ao capítulo dois, que nasce pra mim sob o signo das multidões.
    No primeiro capítulo, as multidões já se anunciavam, mas nesse ponto da narrativa elas se presentificam com mais intensidade.
    As multidões fazem parte da perspectiva humana sobre a vida. Queremos estar onde estão as multidões. Elas nos dão um sentido de segurança.
    Mas o congestionamento visual e sonoro das multidões pode ofuscar o melhor da vida.
    Jesus convivia com as multidões, por força da vivência com as realidades humanas, uma vez que veio como homem, mas não se iludia com elas. Em meio às multidões, visualizava histórias pessoais, únicas, intransferíveis, autorais.
    Na história do paralítico guiado por quatro amigos, contemplou atos de fé envoltos em amor. Isto quebrantou seu coração e gerou de sua parte atos de compaixão concretizados em perdão dos pecados e cura.
    Foi andando entre as multidões também que identificou muitos daqueles que elegeu como seus colaboradores na pregação das boas novas do reino (vs.13 e 14). Gente que talvez eu e você não escolhêssemos para comungar. Mas, em meio às multidões, Jesus mirava solitários tesouros de histórias pessoais.
    É preciso aprender a olhar para além das multidões e de seus barulhos e cores em neon.

  • O capítulo dois, além da presença das multidões, carrega a insígnia da questionadora presença dos religiosos e mestres da lei judaica, participando de eventos muito significativos na caminhada do Mestre: o perdão dos pecados e a cura do paralítico ajudado por quatro amigos amorosos; o jantar entre pecadores na casa de Levi; o passeio pelos campos de cereal, quando seus discípulos recolhem espigas no sábado.
    Em

  • Cont.
    Em meio a esses acontecimentos, os mestres da lei traziam questionamentos sobre a autoridade de Jesus, sobre seu comportamento ético, sobre o cumprimento da lei judaica.
    Embora conhecedores das escrituras, da lei e das profecias, aquelas autoridades religiosas não reconheciam na pessoa de Jesus o cumprimento delas, por isso se prendiam a interpretações que não faziam mais sentido no contexto do Reino de Deus presente ali.
    Foi quando Jesus trouxe a esclarecedora metáfora, que eles também não entenderam, sobre o remendo novo em pano velho e o vinho novo em odres velhos.
    É preciso abrir mão de conceitos e preconceitos arraigados e alimentados pelo sistema de crenças onde estamos inseridos para alcançarmos os valores de reino: as pessoas e suas necessidades reais são sempre mais importantes que conceitos, preceitos legais, objetos e circunstâncias.
    Esse olhar, Jesus inaugurou com seu ministério, apesar das multidões e dos religiosos de plantão.

  • Para concluir as reflexões sobre o segundo capítulo, não poderia deixar de sublinhar a fala de Jesus quando ele jantava com pecadores e foi questionado pela elite religiosa: “Os doentes é que precisam de médico, e não os que gozam de saúde! Não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
    A condição para partilhar refeição, comunhão com Jesus é não ter a ilusão de que não somos os mais vis dos pecadores. Somos, e esta é a condição de toda a humanidade.
    Esta qualidade aproxima Jesus: reconhecer que precisamos de salvação.
    “Todos nós nos tornamos impuros. As nossas boas ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de trapos imundos.” (Isaías 64:6 – NBV).
    Se queremos partilhar o pão com Jesus, tomar parte na sua mesa, na sua ceia, jantar com ele, esta é a principal porta de entrada.

  • Parabéns Marcos pela criatividade, gostei muito da sua analise sobre o 1º e 2º capitulo do evangelho de Marcos.

    Acompanho também o podcast do JV, que é show de bola.

    PS.: Tem bom gosto quanto à Pixar… gosto muito de animações como Toy Story.

  • Iniciei nesta semana a leitura do evangelho de Marcos, e um dos detalhes mais relevantes pra mim foi a maneira como Deus usa o deserto. O deserto como forma de preparação para algo maior que viria. Foi no deserto que João anunciou e preparou o caminho para a chegada de Jesus, e também foi no deserto que Jesus se retirou durante quarenta dias para se preparar para o seu ministério. Outro ponto interessante é a preocupação de Jesus de estar ligado com Deus, quando Jesus é batizado por João podemos ver Deus se comunicando com Jesus, quando Jesus vai ao deserto e quando ele sai para orar durante a madrugada são mais alguns exemplos da necessidade de estar sempre comunicado com Deus. É preciso que peguemos isso como exemplo, pois sem relacionamento com Deus não podemos fazer a sua vontade. Jesus não se preocupava de estar onde queriam que ele estivesse, ele sempre estava onde realmente precisavam dele. Vamos seguir e aprender muito com esse evangelho.

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