Passamos tanto tempo aprendendo como podemos nos aprofundar no texto bíblico, estudamos as línguas originais, grego e hebraico, aprendemos a fazer exegese, compramos livros de chaves bíblicas, interlineares, lexos, analíticos e compêndios de teologia sistematizada.
Isso é muito importante, mas tão importante quanto, é sabermos voltar para a superfície. Voltar para o aqui e agora com o texto, com o que aprendemos na essência da mensagem.
E se errarmos nesse caminho de volta, não adiantou nada o quão profundo formos na revelação de Deus, se tornará inútil se não conseguirmos trazer a tona o sentido do texto para o dia de hoje, para o nosso coração.
Uma das coisas que já fazemos automaticamente e, por isso erramos muitas vezes, é o paralelo nosso com os personagens do texto.
Sempre nos colocamos em uns personagens bíblicos sem pensar que podemos ser o outro, deixando de entender a mensagem de Deus para a gente.
Costumo me colocar sempre no lugar dos discípulos de Jesus, mas tenho percebido que me aproximo do mestre muito mais como um fariseu ou um mestre da lei.
Tenho visto que o fato de ter estudado teologia, de ser de igreja desde criança, me aproximo da religião, das pregações e até da bíblia como uma pessoa que conhece do assunto, como alguém que sabe o que quer ouvir e, isso tem muito mais paralelo com os fariseus do que com os discípulos ou publicanos.
Estou começando a reler os evangelhos com uma nova ótica, onde eu sempre apareço no texto no lugar dos fariseus.
O texto é o mesmo, mas é tudo novo para mim. Não é o mesmo texto que tenho lido desde criança, é algo novo. Não tenho conhecido um outro Jesus, mas tenho me deparado com um outro Marcos Botelho.
Em cada interferência arrogante dos religiosos vejo uma parte de mim, cada palavra mais ríspida de Jesus aos fariseus, eu sinto diretamente para mim, essa visão faz cada passo das minhas articulações metodológicas e religiosas armarem para colocar o Jesus do texto em um só lugar, na cruz.
Tão importante quanto entender o texto é saber qual o nosso lugar no texto, isso vai trazer uma nova revelação da palavra, quem sabe você vai se surpreender gritando no fundo do seu eu: crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o!
E realmente tem muitos errando nisso… costuma ser colocar no lugar dos q "dão uma lição" do que realmente temos q nos colocar q é aquele q "recebem a lição" pois no dia q lemos a bíblia para "dá uma lição em alguém" estamos longe de receber uma lição e poderia ser mais duro, estamos como um povinho q cantava antigamente: "Eu sou rebelde!" XDA espada tem q cortar a mim primeiro para depois cortar nos outros.e entra aÊ no meu blog: http://vbcchdf.blogspot.com/e ainda não entendi essa parada de "liturgia2ponto0" (eu acho q escreve assim) para eu talvez escreve algo sobre isso lah no meu blog. ;P blezaShalom herói!
Curti!Vou tentar isso
Sem querer parecer mais espiritual, estou longe disso, sempre vejo-me no lugar dos mais podres das narrativas bíblicas.Quando criança por exemplo, morria de dó do pobre Judas. Nunca me vi com a coragem e persistência da mulher cananéia, mas já me vi entre os nove ex leprosos que não voltaram para agradecer a cura. Minha luta Marcos, ela é outra, e bem diferente. Aceitar o amor de Deus, e o fato de ser Sua imagem e semelhança, isso nem sempre consigo.eita vida! Comentário nada haver.
Boa ideia Marcos!Nunca tinha pensado nisso..Sempre nos colocamos nos lugares dos discípulos de Jesus, e nos sentimos até bem, porque vemos que já somos bons e temos só que melhorar. Mas se nos colocarmos no lugar dos fariseus, podemos ver tudo de pior que ainda existe dentro de nós..Enfim, parabéns pelo texto!=)
É um desafio gostoso se encontrar no texto em outros personagens fora do padrão.
Texto mto fera..Pena q sao poucos q encaram o desafio, pois implica confronto do Eu, confronto de td aquilo q somos ou dizemos ser..
Post de muita responsa parabens… cara me agradei muito mesmo do seu trabalho…e gostaria de saber se podemos fazer uma parceria entre os blogs… visite-me e me fale valeu …e fica Com Deus…. http://www.hospitaldalma.com
Maravilhoso texto. Amei seu blog. Paz
Ter essa percepção ( meu lugar no texto), buscando talvez ser aquele que mais necessite de cura, não é para qualquer um. O coração tem q estar quebrantado, disposto, diante do Pai.Faz uns dois anos mais ou menos que tenho estado rendida assim… E quantas verdades descobrimos com a hermenêutica do quebrantamento, dos enfrentamentos… Lindo texto! Parabéns!
Olá, gostei muito deste texto. Encontrei-o em uma página no facebook e pesquisei chegando até seu site. Um abraço e Deus abençõe muito. Estou no facebook e nas redes. Um abraço